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A nova General Motors saiu da concordata nos Estados Unidos nesta sexta-feira, muito mais rapidamente do que se previa, como uma montadora mais enxuta e obstinada a recuperar os consumidores norte-americanos e pagar os recursos emergenciais obtidos do governo norte-americano | reuters
A nova General Motors saiu da concordata nos Estados Unidos nesta sexta-feira, muito mais rapidamente do que se previa, como uma montadora mais enxuta e obstinada a recuperar os consumidores norte-americanos e pagar os recursos emergenciais obtidos do governo norte-americano| Foto: reuters

A nova General Motors saiu da concordata nos Estados Unidos nesta sexta-feira, muito mais rapidamente do que se previa, como uma montadora mais enxuta e obstinada a recuperar os consumidores norte-americanos e pagar os recursos emergenciais obtidos do governo norte-americano.

A concordata de 40 dias terminou com o fechamento de um acordo que permitiu a venda das principais operações e marcas, incluindo a Chevrolet e a Cadillac, para uma nova companhia que será controlada pelo Tesouro dos EUA.

O acordo foi firmado entre o governo norte-americano e executivos da GM no escritório de advocacia Gotshal & Manges, de Weil, afirmou uma fonte próxima à companhia.

Analistas da indústria viram a rapidez da concordata como um desenvolvimento positivo. "Eu acho que não seria bom um processo longo", disse o advogado Richard Mikels, diretor de práticas de concordata no escritório Mintz, Levin, Cohn, Ferris, Glovsky e Popeo.

As vendas da GM despencaram 36 por cento nos EUA durante junho, quando pediu proteção judicial contra falência. Executivos disseram que o relançamento da companhia oferece uma chance para tentar quebrar a visão negativa de consumidores.

"Eu realmente espero pelo momento em que estaremos operando no azul e o nome da companhia não será associado à concordata", afirmou o diretor de vendas da GM Mark LaNeve, na quinta-feira.

O presidente-executivo da GM, Fritz Henderson, já detalhou planos de tornar a companhia mais produtiva e menos burocrática, reduzindo o número de executivos. A GM está cortando sua força de trabalho administrativa em mais de 20 por cento e pretende eliminar 6 mil empregos nos EUA até outubro.

Outro pilar do plano é o compromisso da GM de lançar mais carros de consumo eficiente de combustível e concentrar seus recursos em menos marcas, modelos e concessionárias.

A aprovação da venda de ativos da GM pela Justiça norte-americana marca a conclusão de um esforço sem precedentes do governo dos EUA para salvar a empresa e a rival Chrysler por meio da redução de dívidas, de custos trabalhistas e de concessionárias.

A Casa Branca desembolsou quase 80 bilhões de dólares para fortalecer a indústria automotiva, incluindo 5 bilhões de dólares em suporte às fabricantes de autopeças.

Do total, 50 bilhões de dólares foram destinados à GM, em financiamento emergencial que dará ao governo norte-americano uma fatia de mais 60 por cento na nova companhia.

A Chrysler saiu da concordata há um mês, após vender parte dos ativos a um grupo de investidores liderados pela italiana Fiat.

Como parte das mudanças a serem anunciadas nesta sexta-feira pela GM, Bob Lutz, ex-diretor de produtos da montadora, concordou em ficar na empresa em outra posição, informou uma fonte próxima das discussões. Lutz, 77, tinha anunciado anteriormente planos para se aposentar no final deste ano.

A nova GM surgirá após reduzir dívida e obrigações com seguro-saúde em 48 bilhões de dólares, ter diminuído em quase 40 por cento sua rede de concessionárias nos EUA e eliminado marcas como Saab, Saturn e Hummer.

A nova GM também se beneficiará de um novo contrato trabalhista com a entidade sindical UAW. Segundo a empresa, o novo contrato coloca os custos com funcionários horistas de fábricas em mesmo patamar que os de competidores japoneses como a Toyota.

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