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Randolfe Rodrigues
Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, diz que derrubada do veto é uma “derrota contabilizada”.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), admitiu nesta quinta (14) que o veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será derrubado na sessão marcada para o final da manhã.

Deputados e senadores vão se reunir em uma sessão conjunta para discutir 60 vetos do presidente a projetos de lei aprovados pelas duas casas, como a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos até o final de 2027, marco temporal, arcabouço fiscal, entre outros.

“É uma derrota contabilizada. É algo que está na conta, temos consciência, sabemos qual a posição, A minha função como líder no Congresso é sustentar os vetos presidenciais, e assim que farei tendo consciência que tem uma maioria contrária”, disse Randolfe após uma reunião de líderes pouco antes do início da sessão do Congresso.

Informações de bastidores apontam que o governo liberou os líderes e parlamentares da base para votarem como quiserem em relação aos vetos à desoneração, reconhecendo que não teria força para manter a decisão do presidente. Desde o início da semana, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) vinha tentando negociar com os congressistas para aguardarem a apresentação de uma nova proposta de tributação dos 17 setores que mais empregam na economia.

O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou na noite de quarta (13) que "a tendência é derrubar o veto e discutir a alternativa com a desoneração [em vigor]". A declaração foi dada após uma reunião com Randolfe.

A prorrogação da desoneração da folha de pagamentos até o final de 2027 foi aprovada por ampla maioria do Senado em outubro, no entanto Lula vetou integralmente a proposta. A atitude gerou reação imediata no Congresso e no setor produtivo, que se uniu para uma campanha entre os congressistas para derrubarem o veto.

Nem mesmo as centrais sindicais tradicionalmente apoiadoras de Lula aprovaram o veto, e afirmaram que “milhões de empregos” seriam colocados em risco, além de “estimular a precarização do mercado de trabalho”.

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