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O governo do Reino Unido, liderado pelo primeiro-ministro David Cameron, defendeu neste sábado (10) sua rejeição à reforma dos tratados da União Europeia (UE) que buscaria resolver a crise na zona do euro, enquanto, no Reino Unido, crescem as dúvidas sobre os benefícios dessa estratégia política.

Em plena comoção nacional sobre o ocorrido nesta sexta-feira (09) em Bruxelas, o ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, disse neste sábado (10) que Cameron agiu corretamente ao rechaçar os planos de aumentar a disciplina fiscal europeia.

"Se tivéssemos assinado o tratado, se David Cameron tivesse quebrado sua palavra com o Parlamento e os cidadãos, cedido sem conseguir as contrapartidas que pedia, teríamos sentido toda a força desses tratados europeus, ou seja, do Tribunal Europeu, da Comissão Europeia e do restante dessas instituições, aplicando os tratados e usando-os para prejudicar os interesses britânicos e do mercado único", declarou.

Segundo Osborne, o primeiro-ministro impediu que a integração fiscal solicitada para a zona do euro cause impactos negativos sobre os setores da economia britânica que comercializam com a Europa da moeda única.

Crítico ao plano de imposto sobre transações financeiras, o governo britânico negou que a autoexclusão do Reino Unido a um pacto apoiado pelos demais países da União Europeia (UE) vá diminuir a influência do país.

Nesta sexta-feira, os países-membros da UE - exceto o Reino Unido - respaldaram um tratado intergovernamental para aumentar a disciplina orçamentária na zona do euro, com sanções àqueles Estados que tiverem déficit acima de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Cameron se negou a aceitar o acordo, impossibilitando assim a unanimidade, porque o documento não incluía nenhum tipo de proteção ao sistema financeiro britânico, ausente da zona do euro.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, assegurou que o país não ficará isolado ao se negar a apoiar o plano anticrise, e lembrou que na UE existem inúmeros acordos paralelos que afetam somente alguns países. EFE

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