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Sistema financeiro

Governo estimula quitação de dívidas

Enquanto Fazenda cogita meios de baratear transações para os bancos a fim de facilitar a vida dos inadimplentes, especialistas dizem que cabe ao consumidor correr atrás do prejuízo

Depois da redução das taxas de juros pelos bancos públicos – Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil –, o governo federal promete ampliar as medidas de estímulo à renegociação de dívidas nos mesmos moldes de um benefício já existente para a quitação de débitos no valor máximo de até R$ 30 mil, que é voltado a pessoas físicas e ao pagamento de dívidas agrícolas. No caso desse benefício, a contrapartida para os bancos é a diluição dos parcelamentos de impostos que incidem sobre a renegociação. A medida está em estudo pelo Ministério da Fazenda, que se encontrou ontem com representantes dos bancos privados para discutir contrapartidas que levem as instituições a também reduzirem seus juros.

Para José Guilherme Viei­ra, doutor em Economia e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e das Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba (Faresc), as menores taxas abrem oportunidades para sair do vermelho, mas não mudam a forma de renegociar as dívidas do mercado. "Os bancos já dispõem de mecanismos para a renegociação, porém, eles são ofertados apenas aos correntistas que já estão inadimplentes e não para aqueles que quitam suas dívidas pagando juros altíssimos e não buscam alternativa", afirma. Para ele, cabe ao consumidor buscar as melhores opções (veja como ao lado).

Além da medida em estudo pelo governo, os bancos públicos também têm programas para negociação de débitos.

Na Caixa Econômica Fede­ral, o programa Crédito Azul Caixa, lançado junto com o pacote de redução de juros, oferece várias linhas voltadas à quitação de dívidas e que aceitam de imóveis a veículos como garantia. No caso do carro, que precisa ter até 5 anos de uso, é possível obter um parcelamento em até 48 meses, com taxas de 2,11% ou 1,84% a.m.

No Banco do Brasil, o pacote "Bom para Todos" readequou mais de 22 linhas de crédito, algumas para renegociação de dívidas. "O cliente que aderir a operações do pacote será avisado pelo banco quando estiver pagando juros muito elevados. Mediante autorização, haverá uma readequação automática para operações com taxas menores", explica o superintendente estadual do Banco do Brasil, Paulo Roberto Meinerz.

Na ponta do lápisCompare

Antes de decidir por levar suas operações de um banco a outro, ou mesmo em abrir uma nova conta em outra instituição, é importante verificar os preços das tarifas (valores cobrados mensal e mesmo anualmente por uma determinada quantidade de saques, extratos e outros serviços).

Três entidades já fazem esse serviço para você, de uma forma fácil de comparar. São elas:

- Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no www.febraban-star.org.br;

- Banco Central, no www.bcb.gov.br/?TARIFA;

- Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), no www.proteste.org.br/ServiceSelector/TarifasBancarias/BR/

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