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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse nesta terça-feira (23) que os problemas enfrentados pelo setor industrial só serão resolvidos com a volta de investimentos pesados. "Não resolveremos as dificuldades se nós não voltarmos a investir pesadamente no setor industrial", afirmou Jorge, depois de participar de reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O ministro citou o resultado de maio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, que mostra dificuldades de recuperação no setor industrial.

Ele voltou a dizer que o governo estuda a criação de melhores condições de financiamento para bens de capital (máquinas e equipamentos). "Máquina e equipamento são partes importantes do investimento de qualquer empresa", afirmou o ministro, acrescentando que os estudos estão concentrados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro disse que, em princípio, o governo não está pensando em desoneração, mas em redução do custo financeiro. "Vamos trabalhar com juros menores, prazos maiores", afirmou. Miguel Jorge disse que o Ministério da Fazenda também estuda alternativas.

Sobre eventuais medidas de estímulo às exportações, o ministro disse que ainda não há "nada específico". "As exportações estão indo bem. Elas têm caído inclusive menos que as importações", avaliou. Essa queda nas importações, que na sua maioria é de máquinas e equipamentos, representa uma redução da atividade produtiva, segundo o ministro.

Na avaliação do ministro, o acesso ao crédito "está voltando" à economia. Segundo ele, há setores industriais que têm atestado esta volta. Na opinião de Miguel Jorge, as dificuldades de crédito enfrentadas por pequenos e médios exportadores não são apenas por causa da crise financeira. "Muitas vezes, a pequena e média empresa não têm condições de dar as garantias exigidas pelo sistema financeiro. Nós temos que procurar uma solução para isso", disse o ministro.

Ele lembrou que um dos problemas deste segmento é a informalidade. "Nós temos que acabar com isso. Já tomamos algumas iniciativas, como a Lei do Bem e a do Microempreendedor individual, para facilitar a formalização dessa empresa, para que ela fique absolutamente em condições de ir ao sistema", acrescentou. Quanto à prorrogação da redução do IPI sobre automóveis, que termina no fim do mês, Miguel Jorge disse que não há nenhuma decisão.

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