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Confira os preços e margens médias de lucro dos 560 postos pesquisados pela ANP |
Confira os preços e margens médias de lucro dos 560 postos pesquisados pela ANP| Foto:
  • No início do ano, a alta do etanol fez o consumidor optar pela gasolina, que segue vantajosa em algumas cidades

O cenário para os preços da gasolina indica que, se o combustível não tende a subir muito além dos níveis que alcançou recentemente, também não tem muitos motivos para cair. Na verdade, a gasolina só ficará mais barata por consequência de eventuais quedas do álcool; se seguisse estritamente a lógica de mercado, o derivado do petróleo já estaria bem mais caro.

Há vários anos a Petrobras mantém os preços do produto intactos nas refinarias, absorvendo as variações da cotação internacional do petróleo. Outra contribuição da estatal para segurar a inflação do combustível veio em maio, quando, por ordem do governo, a BR Distribuidora baixou os preços em 6% – os do álcool foram reduzidos em 13%.

Em meio à disparada que as cotações do óleo bruto tiveram há alguns meses, a diretoria da Petrobras passou a ser mais enfática na defesa de um reajuste, argumentando que precisa restabelecer a rentabilidade e sustentar seu programa de investimentos. Mas, preocupado com a inflação, o governo resiste em autorizar um aumento.

"Com um cenário de médio e longo prazo em que o petróleo esteja acima de US$ 90 ou US$ 100 por barril, não há possibilidade de recuo no preço da gasolina, pelo contrário. Está claro que o petróleo mudou de patamar e que a Petrobras tem de aumentar os preços", avalia Marco Saravalle, analista da corretora Coinvalores. "Por outro lado, se autorizar um reajuste na refinaria, o governo provavelmente reduzirá o imposto [a Cide], de forma a evitar uma alta mais forte nos postos", pondera.

André Perfeito, economista da Gradual Investimentos, se diz otimista. "Com o mundo inteiro em aperto monetário e redução de atividade, não acredito que as commodities – petróleo incluído – venham a subir muito mais. Se isso não contribuir para uma redução de preço, também não oferecerá razões para altas", diz. "E sou muito otimista em relação à produção do pré-sal e a inauguração de refinarias no país nos próximos anos, o que vai reduzir a pressão sobre os preços."

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