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Governo mexe no IOF pela quinta vez

Mantega: “Excesso de recursos estrangeiros acabou” | Elza Fiúza/ABr
Mantega: “Excesso de recursos estrangeiros acabou” (Foto: Elza Fiúza/ABr)

A falta de crédito no exterior para empresas e bancos levou o governo a rever nesta quinta-feira uma medida adotada há pouco mais de três meses para enfrentar o que a presidente Dilma Rousseff classificou como "tsunami monetário".

A equipe econômica reduziu o prazo dos empréstimos feitos lá fora que precisam pagar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6%. Agora, somente financiamentos de até dois anos terão de pagar esse pedágio para que o dinheiro entre no Brasil Até então, o imposto era cobrado para operações de até cinco anos. Esta é a quinta vez que o governo mexe nas alíquotas do IOF.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o principal objetivo da medida foi facilitar o crédito em moeda estrangeira para empresas e bancos. A mudança também tem impacto no câmbio, mas o efeito será menor. "A influência é mais no crédito do que no câmbio", afirmou. Segundo o ministro, essa é apenas uma "medida complementar" no crédito, que se soma à ação dos bancos públicos e do Banco Central.

O dólar chegou a subir, após a entrevista do ministro, que negou estudar novas medidas cambiais. Mas a moeda americana fechou em queda de 0,72%, vendido a R$ 2,057, diante da especulação com a possibilidade de o governo rever também a cobrança de IOF sobre contratos de câmbio, principal demanda dos investidores. Essa medida, no entanto, foi descartada pela Fazenda.

De acordo com Mantega, quando o governo aumentou o alcance do IOF sobre empréstimos, em março, havia receio de que empresas e bancos ficassem muito endividados em moeda estrangeira. Agora, no entanto, o excesso de dólares que estava "inundando" o Brasil, forçando uma valorização do real, acabou. Além disso, o governo verificou que empresas e bancos encontram dificuldade para rolar suas dívidas com empréstimos de prazos maiores.

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