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Governo não vai regulamentar MP dos Portos até 15 de março

Paralisação de portuários mobilizou 30 mil pessoas, em 12 estados. Em Paranaguá, 16 navios ficaram impedidos de operar

Contêineres no porto de Santos: paralisação de seis horas foi suficiente para dobrar o governo federal | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Contêineres no porto de Santos: paralisação de seis horas foi suficiente para dobrar o governo federal (Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo)

A paralisação de 30 mil trabalhadores portuários por todo o país surtiu o efeito esperado pela categoria. O governo brasileiro fechou na tarde de ontem acordo com os sindicatos para que até a conclusão dos trabalhos da mesa de diálogo entre o Governo Federal e Entidades não sejam licitados novos arrendamentos de terminais ou concessões portuárias, principal reivindicação dos grevistas. O acordo foi assinado pelo ministro-chefe da Secretaria dos Portos, José Leônidas Cristino.

Nesse período, os trabalhadores pretendem negociar alterações na Medida Provisória 595, que estabelece novo regulamento para a categoria. Em contrapartida, os sindicatos comprometeram-se a cancelar a paralisação prevista para a terça-feira e a não realizar novas greves até o fim destes trabalhos, previsto para até o dia 15 de março. Editada pelo governo no ano passado, a MP muda a regulamentação portuária e incentiva investimentos privados no setor, com o objetivo de reduzir o custo do frete no país. Mas, na visão dos sindicalistas, a MP fragiliza as relações trabalhistas.

36 portos

A manifestação ocorreu em 36 portos, em 12 estados. O porto de Santos, que responde por mais de um quarto das exportações e importações do Brasil, amanheceu com seus guindastes e esteiras carregadoras parados nesta sexta-feira, num dia de protesto de trabalhadores portuários contra as reformas propostas pelo governo para o setor. A manifestação de seis horas, que foi encerrada às 13 horas, como previsto, atingiu outros importantes portos do país, interrompendo as exportações de soja, milho, açúcar e outras mercadorias nos principais terminais brasileiros.

Paranaguá

De a­cordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Pa­raná, Antônio Carlos Bon­zat­to, a mobilização mostrou a força dos trabalhadores para o governo e para a sociedade. "O governo recuou e atingimos o nosso objetivo", disse.

De acordo com informa­ções da Administração dos Portos de Paranaguá e An­tonina (Appa), o movimento dos trabalhadores prejudicou as operações nos portos paranaenses. Segundo nota divulgada pela Appa, a paralisação, pela manhã, impossibilitou a operação dos 16 navios atracados.

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