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Governo prepara Medida Provisória para resolver dívidas com déficit hídrico

Cobertura do déficit deverá ocorrer por meio de prolongamento dos contratos de concessão, sem impacto às tarifas

Represa do Capivari, na região de Curitiba: empresas do setor elétrico vêm sofrendo há dois anos perdas decorrentes do déficit de geração no país | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Represa do Capivari, na região de Curitiba: empresas do setor elétrico vêm sofrendo há dois anos perdas decorrentes do déficit de geração no país (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

O governo prevê editar na segunda ou na terça-feira uma Medida Provisória que estabelecerá um marco legal para uma solução para o déficit de geração enfrentado pelas hidrelétricas brasileiras nos últimos anos devido à seca, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, nesta sexta-feira (14).

Ele sinalizou que a cobertura do déficit deverá ocorrer por meio de prolongamento dos contratos de concessão, sem impacto às tarifas.

Após a edição da MP, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrirá uma audiência pública para estruturar a proposta de solução para o problema das usinas hídricas, disse o ministro.

Empresas do setor elétrico vinham sofrendo há dois anos perdas decorrentes do déficit de geração no país, conhecido tecnicamente como GSF, mas foram à Justiça em massa desde o último mês para cobrar do governo federal uma solução estrutural para o problema, registrado devido à seca e ao uso em carga máxima de todas termelétricas do país.

“Impacto zero”

Segundo o ministro, a premissa principal da reestruturação do déficit, e para a qual já existe consenso, é de que haja impacto zero nas tarifas de energia.

“Estamos agora nos detalhamentos finais de uma edição de uma Medida Provisória que estabeleceria novo o marco legal sobre GSF e que daria condições para que a Aneel possa, nos próximos dias, abrir uma consulta pública para a solução da reestruturação”, afirmou Braga a jornalistas em um evento no Rio de Janeiro.

O ministro ressaltou que o déficit hidrelétrico precisa ser adaptado ao novo ritmo de chuvas do país e à nova arquitetura de energia que o setor elétrico está contratando.

“A única coisa que eu posso dizer com certeza é que a posição do poder concedente, do ministério, é não impactar a tarifa. A nossa posição com relação ao GSF é transformar isso em ativo regulatório. Esse ativo regulatório vai para o final da concessão e através de lei fazer uma extensão da concessão para que nós possamos fazer amortização”, afirmou.

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