Empenhado em evitar que o ano de 2009 termine com uma taxa negativa de variação do Produto Interno Bruto (PIB), o governo vem pressionando as empresas estatais a acelerar seus gastos. Nos primeiros dois meses deste ano, as estatais investiram R$ 8 8 bilhões, segundo balanço publicado pelo Ministério do Planejamento. É um aumento de 49% sobre os R$ 5,9 bilhões gastos em igual período de 2008.
"Isso reflete a pressão do governo em direção aos investimentos e também é decorrente do esforço das estatais", disse ao Estado o diretor do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), Murilo Barella. Ele explicou que o governo vem cobrando sistematicamente das empresas estatais que realizem os projetos propostos. A aceleração dos investimentos, explicou, vem ocorrendo desde meados do ano passado.
"As estatais estão capitalizadas, o que abre espaço para investimentos", disse Barella. Ele acrescentou que, dessa forma, as empresas têm contribuído para evitar a queda da atividade econômica. "O papel anticíclico das empresas estatais está mundialmente reforçado", disse.
Ele observou que, em reunião recente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) debateu a participação dos governos no sistema financeiro. O que para alguns países é uma novidade é algo que já ocorre no País. "O Estado mostra seu momento de eficiência no Brasil." Na sua avaliação, a atuação anticíclica das estatais ajuda também a valorizar as outras empresas brasileiras.
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