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Fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo: ameaça de 4 mil demissões | Volkswagen/Divulgação
Fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo: ameaça de 4 mil demissões| Foto: Volkswagen/Divulgação

O governo federal deve prorrogar por dois anos a entrada em vigor de duas das mais importantes medidas de segurança para o condutor de veículos no país: a exigência de que 100% dos carros produzidos no Brasil tenham air bag e freio ABS. Inicialmente, a medida, prevista pela resolução 311, de 2009, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), entraria em vigor a partir de 1.º de janeiro de 2014. Mas os planos da equipe da presidente Dilma Rousseff é que o dispositivo de segurança só passe a ser obrigatória a partir de 1.º de janeiro de 2016.

A ideia do governo é "dar tempo" ao Inmetro, que trabalha na criação de um Centro de Impactos, que será formado em Duque de Caxias (RJ). Previsto no novo regime automotivo, o centro deverá ser implantado entre 2016 e 2017, e vai permitir ao Inmetro testar todos os dispositivos de segurança embutidos nos veículos produzidos no Brasil.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que o assunto está sendo negociado com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mas não há ainda definição. Ele deve se reunir com representantes do setor hoje para tomar uma decisão. A decisão representa um novo remendo na intenção do governo de estimular a fabricação de peças e componentes automotivos no país.

Kombi

O provável adiamento da medida já é dado como certo pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e também pelas empresas. Nem a Kombi nem o Gol G4, ambos produzidos pela Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP), são capazes de receber o air bag, segundo a indústria, e teriam que ser abandonados. De acordo com o sindicato, o fim desses veículos implicará a demissão de 4 mil trabalhadores nas montadoras e nas fábricas de autopeças ligadas aos dois produtos. A medida também traria dificuldades para trabalhadores de outras fábricas e regiões – além de Kombi e Gol G4, veículos como Uno Mille, Celta, Clio, Ka e Fiesta Rocam também não poderiam mais ser produzidos.

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