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Graças Foster, presidente da Petrobras | Roosewelt Pinheiro/ABr
Graças Foster, presidente da Petrobras| Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

Petrobras cobra multa de R$ 45 milhões de consórcios

A Petrobras cobrou R$ 45 milhões em multas do Consórcio Itaboraí URE e Consórcio Itaboraí HDT, que tinham a Delta Construções como uma das sócias, pelo atraso nas obras de duas unidades no Complexo Petroquímico (Comperj), em Itaborá. A Delta está envolvida no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira. A informação foi dada pela Petrobras atendendo informação solicitada com base na Lei de Livre Acesso.

Os dois contratos no valor total de R$ 563,5 milhões foram cancelados pela estatal no mês passado. Mas, até o seu cancelamento, a companhia pagou R$ 82 milhões aos consórcios. Na unidade de URE (de recuperação de enxofre), as obras tinham atingido apenas 11,5% de sua realização física, enquanto que a unidade de HDT 9 tinha atingido apenas 8.8%. A Petrobras garante que tomará todas as medidas cabíveis para assegurar o ressarcimento de todos os créditos a que tem direito.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, defendeu na noite desta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro, que o governo federal, sócio controlador da petroleira estatal, aumente o preço dos combustíveis. Ela recusou-se a estipular uma data para o reajuste.

"O (barril do tipo) Brent desceu um pouco. O dólar, que vinha R$ 1,6, R$ 1,65, está estável em torno de R$ 2. É necessário, sim, que haja reajuste de combustíveis", respondeu ela em entrevista após participar do Fórum de Desenvolvimento Corporativo, evento relacionado à conferência Rio+20.

Questionada sobre quando o reajuste virá, Graça respondeu duas vezes, de forma direta: "Eu não tenho data". Depois, diante da insistência dos jornalistas, reafirmou: "Eu não posso dar uma data porque eu não tenho uma data".

Mas falou que a questão do reajuste dos preços dos combustíveis foi discutida na quinta-feira (14), em Brasília, na reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que aprovou o Plano de Investimentos 2012-2016. Ela não revelou detalhes da discussão acerca do tema.

"Todas as semanas, todos os meses, nós trabalhamos com o Conselho de Administração, a nossa caixa, a nossa capacidade de investimento", afirmou ela.

De acordo com Graça Foster, os investimentos para este ano detalhados no Plano de Negócios não serão afetados caso o aumento dos preços não venha neste ano.

"Este ano de 2012 nós vamos fazer, certo e líquido, R$ 11 bilhões a mais do que fizemos no ano passado. Não haverá neste ano, não há nenhum compromisso, nenhuma perda de capacidade de investimentos para este ano de 2012. Ela está garantida", disse ela.

A presidente da petroleira falou ainda que a queda do preço do Brent acabou sendo de pouca valia em razão da desvalorização do real frente ao dólar.

"Este ano tivemos uma suave queda do Brent, com relevante subida do dólar aos patamares de R$ 2. Uma depreciação do real. Nós continuamos com uma defasagem de preço. Mesmo quando o Brent estava US$ 125 e o dólar R$ 1,65, R$ 1,70. A defasagem continua muito próxima", acrescentou a executiva.

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