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O governo grego emitiu um decreto nesta segunda-feira (20) exigindo que os órgãos públicos, como as companhias estatais e os fundos de pensão públicos, transfiram suas reservas em dinheiro para o banco central do país.

O decreto, publicado no diário oficial do governo, não é uma surpresa, já que o governo havia sinalizado isso na semana passada. Mas ainda assim representa uma escalada no aperto na liquidez, em meio a renovados temores ante o risco de um default grego.

Em comentários a jornalistas na semana passada, o vice-ministro das Finanças, Dimitris Mardas, advertiu sobre a proximidade dessa medida. “Provisões similares já existem na Holanda, em Portugal e na Inglaterra”, disse Mardas na semana passada. “É uma das possibilidades.”

Ainda não está claro, porém, quando a Grécia de fato pode ficar sem dinheiro. A agência de rating Standard & Poor’s previu na semana passada que Atenas deve ficar sem reservas em meados de maio.

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Empréstimos

O Parlamento grego aprovou recentemente uma lei permitindo que o governo grego empreste fundos mantidos pelos órgãos estatais e pelos fundos de previdência através de acordos de recompra, e já emprestou dinheiro de entidades como o BC grego e os centros de trabalho do país. O decreto de hoje torna obrigatório que as entidades do governo participem.

O governo negocia com seus credores internacionais desde que chegou ao poder, no fim de janeiro, e espera liberar uma parcela de ajuda financeira, mas o progresso tem sido lento. Representantes do governo grego se reuniram em Paris no fim de semana com lideranças das equipes que monitoram o acordo de ajuda ao país para discutir uma lista de reformas econômicas que o governo grego precisa adotar, em troca de um novo pacote de ajuda dos credores internacionais.

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