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CRISE DO EURO

Grécia deve reabrir bolsa de valores nesta terça-feira

Governo estuda retomar operações depois de um mês de fechamento. Informação coincide com volta das negociações do resgate financeiro

População protesta contra medidas de austeridade. Terceiro resgate ocorrerá até 20 de agosto. | Yiannis Kourtoglou/Reuters
População protesta contra medidas de austeridade. Terceiro resgate ocorrerá até 20 de agosto. (Foto: Yiannis Kourtoglou/Reuters)

A bolsa de valores da Grécia permanecerá fechada nesta segunda-feira, mas deverá reabrir na terça (28) depois de quase um mês de fechamento.

“É certo que (a bolsa) não reabrirá na segunda, mas talvez na terça”, disse um porta-voz da Bolsa de Valores de Atenas à Reuters, sob condição de anonimato. Outra pessoa com relação direta com o assunto confirmou que as autoridades gregas planejam reabrí-la nesta data.

A bolsa permanece fechada desde o dia 29 de junho, dia em que Atenas fechou seus bancos em dificuldade e impôs controle de capital para conter uma corrida às poupanças, que poderia ter levado o já cambaleante sistema financeiro grego ao colapso. O fechamento pôs em risco o lugar da bolsa nos índices globais de segurança financeira.

Os bancos reabriram na última segunda-feira (20) e a Grécia enviou um ofício pedindo opinião ao Banco Central Europeu (BCE) na última semana antes que o ministério das Finanças grego permitisse o retorno das operações do órgão. 

O funcionário da bolsa de valores disse apenas que a Grécia precisaria de mais tempo para finalizar os detalhes que permitiriam a reabertura baseado no aval do BCE.

Negociações

A notícia da reabertura coincide com a volta das negociações técnicas entre o país e as equipes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que deverá ocorrer também nesta terça-feira.

Em princípio, as conversas estavam previstas para a última sexta (24), com o objetivo de fechar um terceiro resgate até 20 de agosto. O atraso ocorreu, segundo destacou o Ministério de Finanças do país, a “razões técnicas” e não “políticas” ou “diplomáticas”. O Ministério insistiu que as negociações “vão por muito bom caminho”, afirmação em referência a informações de que Atenas estaria pondo problemas aos representantes das quatro entidades para o acesso aos ministérios.

No entanto, vários representantes do governo assinalaram este fim de semana que os funcionários poderão entrar nos ministérios se assim o considerarem necessário. Tsipras quis acabar com este costume, que causava na população a sensação de que o país era governado pelas instituições estrangeiras.

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