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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A greve dos bancários completou 18 dias sexta-feira (23) com pouco mais de 50% das agências do país fechadas e se aproxima para ser a mais duradoura da categoria – a paralisação mais longa dos bancários ocorreu ano passado e durou 21 dias.

No Paraná, são 828 agências e 11 centros administrativos fechados, com a adesão de 20,8 mil profissionais, segundo levantamento da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR). Em Curitiba e Região Metropolitana, a estimativa do Sindicato dos Bancários é que 15,6 mil trabalhadores estão paralisados, o que representa 86% da categoria. Conforme o sindicato, 100% das agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estão fechadas.

Sem a manifestação dos bancos para agendar uma nova rodada de negociação, o Comando Nacional dos Bancários enviou, na tarde de sexta, um oficio à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitando a retomada das conversas.

A proposta feita pelos bancos é de reajuste salarial de 7% mais abono de R$ 3,3 mil. Os bancários, porém, pleiteiam 14,78%. No texto enviado à Fenaban, o Comando reforça que, como os dirigentes sindicais estarão reunidos na próxima segunda-feira (26), em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, estão à disposição para a retomada dos temas tratados na mesa de negociação.

Impasse

A pauta de reivindicações foi entregue pelos trabalhadores aos bancos no dia 9 de agosto. Já ocorreram oito rodadas de negociação sem sucesso.

“Construímos todos juntos a maior greve em número de locais parados, mas os banqueiros continuam intransigentes em relação a repor as nossas perdas”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.

Os trabalhadores também reivindicam participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

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