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Greve na Infraero tem pouco impacto nos aeroportos

Segundo o sindicato, 70% dos aeroportuários pararam as atividades. Mas a estatal e a Anac consideraram o porcentual de atrasos e cancelamentos de voos “dentro da média”

Deflagrada ontem, a paralisação dos funcionários da Infraero – estatal que administra a maioria dos grandes aeroportos do país – não causou impactos significativos nos voos, avalia a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Às 20 horas de ontem, 13,9% de um total de 2.254 voos domésticos haviam sofrido atrasos, e 4,8% foram cancelados, porcentuais considerados normais e dentro da média diária pela Infraero.

De acordo com a companhia, apenas seis de 63 aeroportos foram efetivamente atingidos pela paralisação convocada pelo Sina, o sindicato dos aeroportuários. São eles Galeão (RJ), Congonhas (SP), Vitória (ES), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA).

O sindicato informou que a adesão ao movimento chegou a 70% dos funcionários em todo o país. Os grevistas são trabalhadores vinculados diretamente à Infraero. Integram a lista os fiscais de pátio, servidores do terminal de cargas, de engenharia e trabalhadores administrativos.

A categoria pede reajuste salarial de 16% e manutenção das atuais condições do plano de saúde. De acordo com o sindicato, a Infraero não teria aceitado os pedidos, e ofereceu reposição de somente 6,49%, proposta que foi rejeitada ontem em assembleia de funcionários.

Limites

Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) impôs limites à greve de servidores. O presidente do tribunal, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, decidiu que os controladores de tráfego aéreo não poderão aderir ao movimento, e determinou que pelo menos 70% dos servidores ligados às áreas de operação e segurança e 40% dos demais servidores continuem trabalhando normalmente.

Se a decisão for descumprida, o Sina terá de pagar multa diária de R$ 50 mil. Uma audiência de conciliação foi marcada para o próximo dia 6, às 14 horas, na sede do TST em Brasília.

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