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Greve na Petrobras entra no 2º dia, em protesto contra venda de ativos

Mobilização pode se tornar mais forte no domingo, quando 12 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) prometem se unir ao movimento

A paralisação protesta contra o plano de venda de ativos da estatal e busca manter direitos dos trabalhadores, em meio às dificuldades financeiras da estatal | Ueslei Marcelino/Reuters
A paralisação protesta contra o plano de venda de ativos da estatal e busca manter direitos dos trabalhadores, em meio às dificuldades financeiras da estatal (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Permanece forte a adesão dos funcionários da Petrobras à greve iniciada na quinta-feira (29) por cinco sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), com sindicalistas tentando retirar trabalhadores da refinaria de Cubatão (SP), que estariam sendo impedidos de deixar a unidade pela empresa.

A paralisação, que protesta contra o plano de venda de ativos da estatal e busca manter direitos dos trabalhadores, em meio às dificuldades financeiras da estatal, não afetou a produção de petróleo e derivados, segundo a Petrobras.

A greve pode se tornar mais forte no domingo (1), quando os 12 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), incluindo o da Bacia de Campos, prometem se unir ao movimento.

O diretor do Sindipetro Litoral Paulista, Marcelo Juvenal, filiado à FNP, disse que cerca de cem funcionários da Petrobras estão sendo mantidos na refinaria de Cubatão desde o início da greve, para que as operações não sejam interrompidas.

O sindicato entrou com pedido de habeas corpus na Justiça para liberar os trabalhadores e foi enviado um oficial de Justiça aos postos de trabalho para averiguar a situação, segundo Juvenal.

Após a vistoria, a juíza titular da segunda vara do Trabalho de Cubatão Ana Lucia Vezneyan determinou que a empresa libere os funcionários sob pena de multa de R$ 15 mil por hora e por trabalhador. Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

Plataformas

Nas plataformas de Merluza e Mexilhão, na Bacia de Santos, os trabalhos se restringem à produção e à manutenção da segurança.

A greve não alcança as plataformas do pré-sal, que são operadas por empresas terceirizadas.

Em outras unidades em greve, como terminais e unidades de tratamento de gás, a companhia conseguiu colocar equipes de contingências para manter as operações.

A FNP se reúne na noite desta sexta-feira (30) para decidir se permanece em greve.

Adesão da FUP

A greve da FUP, com seus 12 sindicatos, terá início às 15h de domingo, por tempo indeterminado, após a federação não conseguir acordo com a Petrobras para uma série de reivindicações, informou o órgão sindical.

A FUP conta com 12 sindicatos, entre eles o Sindipetro Norte Fluminense, que representa funcionários da Bacia de Campos, responsável por mais de 70% do petróleo produzido no Brasil.

Segundo a federação, a Petrobras não compareceu na quinta-feira à audiência realizada com o Ministério Público do Trabalho, o que demonstra desinteresse em buscar uma solução negociada.

Contrária ao plano de desinvestimentos na Petrobras, a FUP reivindica interrupção do processo de terceirização em curso na empresa e a retomada dos investimentos no país.

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