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A greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) completou um mês nesta terça-feira (24). A paralisação afeta principalmente os trabalhadores que precisam dar entrada no seguro-desemprego. O atendimento ao público na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no Centro de Curitiba, está totalmente parado. Mas é possível fazer a solicitação da emissão de carteiras de trabalho nas nove Ruas da Cidadania da capital e na Agência do Trabalhador, órgãos que não são diretamente ligados ao ministério.

Ao contrário do que foi noticiado anteriormente, os atendimentos em geral, incluindo os pedidos de seguro-desemprego, caiu de 120 para 30, de acordo com a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego.

O chefe do departamento de Planejamento das Relações de Trabalho da secretaria, Mauro José Ignácio, explica que, apesar de não estar suspenso, o atendimento no Ministério do Trabalho deve demorar e o trabalhador pode não conseguir dar entrada no que precisa no mesmo dia. "Nessa greve não houve a paralisação total dos serviços, como ocorreu na paralisação de dezembro. Mas o atendimento está disponível de forma reduzida", disse Ignácio.

Carteiras de trabalho

Um acordo entre a Secretaria Municipal do Trabalho e o Ministério do Trabalho está permitindo que as carteiras de trabalho continue sendo emitido, pois oito funcionários da prefeitura foram deslocados para trabalhar dentro Superintendência Regional do Trabalho, confeccionando as carteiras. A população pode dar entrada no documento nas Ruas da Cidadania. "Enquanto o movimento grevista permitir, atuaremos na sede do MTE na capital", afirmou o chefe de planejamento. Seis mil pessoas deram entrada no documento e a prefeitura emitiu 5,2 mil carteiras de trabalho no último mês.

Os oito funcionários da Secretária Municipal do Trabalho que foram deslocados para SRT atuavam no atendimento à população. "Houve aumento de trabalho para os demais funcionários da secretaria, mas foi preciso deslocá-los para a Superintendência Regional do Trabalho para que esse serviço não fosse suspenso", disse Ignácio.

A greve

Uma das principais reivindicações da categoria é a criação de um plano de carreira específico para os servidores do MTE, para que haja equiparação salarial com os trabalhadores do INSS.

Os servidores também querem melhorias nas condições de trabalho e jornada de trabalho de 12 horas, em dois turnos de seis horas.

Essa é a segunda greve dos servidores do Ministério do Trabalho em um período de seis meses. A primeira greve começou em 5 de novembro de 2009 e foi encerrada em 15 de dezembro de 2009. De acordo com o Sindiprevs, o Ministério do Planejamento e o Ministério do Trabalho começaram a discussão sobre a carreira de específica para a categoria, mas não houve avanços. Por isso, uma nova greve teve início em 5 de abril.

Não há previsão para que o movimento grevista termine, pois não houve acordo entre os servidores e o Ministério do Trabalho, segundo o Sindprevs.

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