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Carlsberg lotou um cinema com motoqueiros
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Nivea transforma passageiros em
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ONG Think! prega susto para enfatizar
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Chuva no ponto de ônibus lembra o Weather Channel
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Cabine rosa é isca para campanha da Benefit, de maquiagens
Na televisão brasileira, as pegadinhas fazem sucesso desde o século passado e têm o ator Ivo Holanda, do programa Silvio Santos, como seu maior ícone. Em 2013, porém, as peças invadiram o mundo publicitário gringo, para campanhas de marcas, entidades e novos produtos.
VÍDEOS: Veja algumas das campanhas publicitárias com pegadinhas que fizeram sucesso
Feitas em espaços públicos, como a maioria das pegadinhas, as campanhas ganham audiência minutos depois, quando lançadas na internet. O diretor geral da Fuego, Ricardo Schrappe, lembra que existe uma linha tênue entre as peças de bom e as de mau gosto. "Nos Estados Unidos ainda existe muita precaução, pois qualquer abuso pode levar a processos judiciais", conta.
A preocupação das agências norte-americanas é compreensível, já que, na maioria das vezes, as pegadinhas expõem, assustam e até constrangem as pessoas. "O que é engraçado para alguns pode ser ofensivo para outros", lembra Rodrigo Rodrigues, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná (Sinapro).
Entre as campanhas mais recentes de gosto duvidoso, na opinião de Schrappe, está uma da ONG britânica Think!, que fala dos riscos de beber e dirigir. O objetivo é nobre, mas a ação, realizada no banheiro de um pub, é "realmente brutal", na avaliação do diretor da Fuego. "Tudo bem que aquele cara nunca mais vai esquecer da mensagem, mas ele poderia ter morrido ali mesmo, de ataque cardíaco. É preciso ter bom senso", completa.
Riscos
Para Rodrigues, as pegadinhas cumprem o papel geral das peças publicitárias de chamar a atenção, mas precisam ser bem elaboradas para não comunicarem atributos e valores desalinhados à imagem do anunciante. Para Schrappe, a ação pode, ainda, agredir o público e gerar um efeito contrário ao desejado.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, segundo Rodrigues, mostrou que apenas um em cada 14 comerciais estão alinhados com a proposta da marca. "Ou seja, não ajudam a construir uma imagem consistente na mente dos consumidores", explica o presidente do Sinapro.
A cervejaria holandesa Heineken não fica de fora de nenhuma lista de pegadinhas publicitárias. Uma das últimas deste ano mostra quando um fanático por futebol é convidado pela namorada para um concerto beneficente bem no dia da final da Champions League. Ele reluta, mas acaba indo. Lá pelas tantas, a orquestra começa a tocar os conhecidos acordes da música tema do campeonato, as cortinas se abrem e revelam um telão, que parabeniza a atitude do namorado, diz que ele merece uma Heineken e exibe o jogo ao vivo. "É sensacional. Para mim, a Heineken é o benchmark da categoria", ressalta Schrappe.
Nivea
O "Stress Test" da Nivea transforma uma pessoa qualquer que está em um aeroporto em um sujeito perigoso, procurado pela polícia, com foto estampada no jornal e imagem sendo divulgada na televisão.
Heineken
A Heineken encontrou uma forma inusitada de selecionar uma pessoa para a sua equipe. O teste para esse emprego é bem diferente de tudo o que você já viu.
Weather Channel
A Weather Channel fez cair água em um ponto de ônibus para promover um aplicativo que fala a hora exata que vai começar e parar de chover.
ONG Think!
A ONG britânica Think! não poupou esforços para convencer as pessoas, no banheiro de um pub, de que beber é dirigir pode ser fatal.
Photoshop
Tudo o que o Photoshop pode fazer foi exposto numa parada de ônibus. Campanha simpática.
Benefit
A marca norte-americana de cosméticos Benefit também optou por algo mais leve, talvez só um pouco mais difícil para os tímidos.
Carlsberg
A cerveja dinamarquesa Carlsberg lotou uma sala de cinema com motoqueiros mal encarados para saber qual seria a reação das pessoas.
