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Curitiba – A fábrica da Inpacel Indústria de Papel Arapoti Ltda., localizada em Arapoti, foi posta à venda por seu controlador, o grupo norte-americano International Paper (IP). A operação integra o plano global de reestruturação do grupo, segundo o diretor de Assuntos Corporativos e de Comunicação da IP, Luis Fernando Mabela. A Inpacel é a única fabricante do Hemisfério Sul de papel cuchê usado pelo mercado de revistas e folhetos comerciais. Esta será a quarta vez que a empresa mudará de mãos desde sua fundação há 87 anos.

O valor de venda não foi revelado. Mabela informou que a International Paper contratou o banco Credit Suisse para conduzir a venda de seus ativos. O grupo colocou à venda também cinco fábricas instaladas nos Estados Unidos.

Além da Inpacel, a International Paper pretende vender 50 mil hectares de florestas de pinus localizadas junto à unidade industrial, além da serraria e da IAF Inpacel Agroflorestal, empresa de toras de madeira. Juntas, elas empregam mais de 700 pessoas.

De acordo com Mabela, a Inpacel é uma empresa rentável, competitiva e tem ótima gestão, mas a International Paper decidiu fazer alterações em seu portfólio para se concentrar em duas áreas-chave de negócio, que são papéis não revestidos e embalagens industriais e para produtos de consumo. As alterações do portfólio vão permitir que o grupo concentre seus esforços de gestão e os recursos financeiros nas duas áreas-chave de negócio, que representam mais que 70% das vendas.

O diretor informou que a detentora da marca Chamex tem um projeto de investir mais de US$ 1 bilhão numa fábrica de papéis não revestidos e celulose no município de Três Lagoas, no Mato Grosso, com operação prevista para 2008. Para este ano, adianta Mabela, a International Paper vai investir no Brasil R$ 110 milhões na área de melhoria produtiva, no processo industrial e em meio ambiente.

Em fato relevante divulgado ao mercado há uma semana, a empresa prevê que o volume de recursos após a dedução de impostos, resultante de possíveis desinvestimentos, poderá variar em função da natureza da composição dos negócios vendidos ou cindidos, mas prevê que a faixa poderá ser de US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões. Cerca de 40% a 50% dos recursos líquidos serão utilizados para amortizar dívidas – o que é consistente com a meta da empresa de manter sua classificação positiva em termos de risco do investimento. A International Paper pretende usar os 25% a 30% restantes dos recursos líquidos para remunerar seus acionistas. Além disso, o grupo continuará suas análises de oportunidades de investimento para fortalecer as áreas de negócio de papel e embalagens, tanto na América do Norte quanto globalmente.

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