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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse desconhecer qualquer intenção do governo Lula de ampliar a tarifa social da conta luz. A iniciativa faria parte de uma reforma do setor elétrico anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta quinta-feira (10).
Após a declaração de Silveira, o titular da Fazenda disse que entrou em contato com a Casa Civil para perguntar se o ministro Rui Costa tinha conhecimento sobre a medida.
“Não tem nenhum estudo na Fazenda nem na Casa Civil sobre esse tema. Então não chegou ao conhecimento nem do Palácio [do Planalto], nem da Fazenda […] Eu liguei para o Rui para saber se tinha alguma coisa e ele falou que não tem nada”, disse Haddad a jornalistas na sede da Fazenda, em Brasília.
Reforma do setor elétrico
Mais cedo, Silveira prometeu isentar até 60 milhões de brasileiros com a ampliação da tarifa social de energia elétrica.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, a medida está prevista em uma proposta de reforma do setor que será enviada à Casa Civil até o fim deste mês.
“Estaremos fortalecendo e ampliando a tarifa social, que hoje é muito confusa. Vamos incluir quem consome até 80 kWh por mês”, afirmou Silveira.
Atualmente, só têm isenção total os consumidores que usam até 50 kWh mensais. Para o ministro, essa isenção cobre apenas “quatro bicos de luz e um ferro de passar”.
“Estamos reequilibrando o setor com justiça tarifária. Hoje, o pobre paga mais do que o rico para garantir a segurança energética, como o pagamento de térmicas e das usinas de Angra. No mercado livre, muitos não pagam ou pagam pouco por isso”, pontuou.
Ainda, segundo o ministro, a proposta de ampliação da isenção não exigirá saques do Tesouro Nacional. “Eu não considerei em nenhum momento. Eu só [quero] corrigir situações internas”, disse Silveira.
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