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Cautela

Haddad diz que não há razão para Brasil temer tarifas de Trump

Haddad diz que não há razão para Brasil temer tarifas de Trump
Haddad disse que o governo avalia com cautela as tarifas anunciadas por Trump antes de definir possíveis medidas. (Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda.)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira (13) cautela para avaliar as novas medidas econômicas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mais cedo, o republicano determinou a adoção de tarifas recíprocas a países que taxam produtos americanos.

A Casa Branca citou como exemplo as diferenças de tarifas sobre o etanol brasileiro no documento assinado por Trump. Haddad disse que o governo prepara um balanço das relações comerciais do país antes de definir medidas de reciprocidade.

"Vamos com cautela avaliar o conjunto das medidas que vão ser anunciadas. Enquanto isso, a área econômica, sobretudo o Ministério do Desenvolvimento, capitaneado pelo vice-presidente [Geraldo Alckmin], está fazendo um balanço das nossas relações comerciais para que a reciprocidade seja um princípio a ser observado pelos dois países", disse.

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O ministro disse ver espaço para negociação e reforçou que o Brasil não tem o que temer em relação ao anúncio de Trump. “Repito, a balança é superavitária para os Estados Unidos, considerados bens e serviços. No caso de bens, ela é equilibrada, praticamente equilibrada. Então não há muita razão, nem para nós temermos. Não há um parceiro que está importando muito do Brasil e exportando pouco, ao contrário”, afirmou.

Brasil não é "problema comercial" para EUA, diz Alckmin

O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), disse que o Brasil “não é um problema comercial” para os EUA. “Nós não somos problema comercial e quando analisamos os 10 produtos que mais exportamos para os Estados Unidos, quatro são alíquota zero”, ponderou.

“Exportamos US$ 40 bilhões e importamos US$ 40 bilhões. Aliás, há até um pequeno superávit de US$ 200 milhões no caso de bens. E quando incluímos os serviços, os EUA têm um superávit de US$ 7,4 bilhões, o sétimo maior da balança comercial americana”, disse.

Alckmin reforçou a necessidade de manter o diálogo diante do “tarifaço” de Trump. “O caminho é o caminho do diálogo. O caminho do comércio exterior é ganha-ganha, ter reciprocidade”, pontuou.

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