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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou nesta segunda (8) que o governo está aguardando uma “definição mais clara” dos projetos econômicos em tramitação no Congresso para estabelecer se mantém meta fiscal de um superávit de 0,25% do PIB para o ano que vem.
Haddad diz que o governo enviará o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 no dia 15 de abril, e que a equipe econômica está realizando os cálculos necessários e que há uma possibilidade de alteração.
“Vamos nos lembrar que essa meta foi anunciada em março do ano passado, quando foi apresentado o Marco Fiscal. De lá para cá aconteceu muita coisa boa, mas tivemos alguns percalços que vão ter que ser considerados, e nós temos ainda alguma insegurança em relação ao resultado final das negociações [no Congresso] deste semestre em relação a temas importantes”, afirmou o ministro após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.
Sobre a eventual mudança na meta fiscal de 2025 para zero, Haddad questionou a eficácia de um resultado primário positivo se ele não for sustentável. “Estamos procurando fazer uma coisa pensando na sustentabilidade das contas”, completou.
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Além da reunião com Lula, Haddad se encontrou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em um almoço para discutir as pautas prioritárias do governo na área econômica, descrevendo o encontro como “muito importante”.
O ministro destacou que o planejamento fiscal depende de compensação e fontes de financiamento para custear renúncias ou novas despesas. “Não tem como ajustarmos as contas se esses princípios não forem sacramentados”, afirmou, ressaltando a importância de recuperar os termos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Nós avançamos, melhoramos, mas ainda não é o suficiente. Precisamos de um último esforço para concluir esse processo, porque para o investidor que não olha tanto o que vai acontecer naquele ano, naquela semana, naquele mês, ele olha o que vai acontecer no futuro do país, ele desenha uma curva para saber o que vai acontecer com o endividamento público, com as taxas de juros”, concluiu Haddad, destacando o comprometimento do presidente do Senado com essa iniciativa.







