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Investigadores suspeitam que a Samsung pagou para obter a aprovação do governo na controvérsia fusão entre a Cheil Industries e a C&T | BERTRAND GUAY/AFP
Investigadores suspeitam que a Samsung pagou para obter a aprovação do governo na controvérsia fusão entre a Cheil Industries e a C&T| Foto: BERTRAND GUAY/AFP

O herdeiro do grupo sul-coreano Samsung, Lee Jae-Yong, é considerado oficialmente suspeito no escândalo de corrupção que provocou a destituição da presidente do país, Park Geun-Hye. A marca de aparelhos eletrônicos é investigada pela fusão realizada em 2015 entre a Cheil Industries, holding do grupo, e a C&T, filial da área de comércio e construção. A suspeita é que empresa pagou para que o governo aprovasse a fusão.

O anúncio de que Lee Jae-Yong é considerado suspeito foi feito nesta quarta-feira (11) pelos investigadores que analisam o caso. “Decidimos interrogar o senhor Lee na qualidade de suspeito”, declarou à imprensa Lee Kyu-Chul, porta-voz da equipe de investigadores independentes. Ele ressaltou que “se reservam a possibilidade” de detê-lo, caso considerem necessário.

Lobby

O caso de corrupção, que provocou uma importante crise política na Coreia do Sul, gira em torno da influência exercida por Choi Soon-Sil, de 40 anos, que é amiga da presidente Park Geun-Hye. Choi está sendo julgada por ter utilizado sua relação com Park para embolsar enormes quantidades de dinheiro de grandes conglomerados sul-coreanos.

Ela é suspeita de pegar dinheiro de grandes grupos empresariais locais em troca de favores junto ao governo de Park. Para isso, ela teria criado supostas fundações privadas que recebiam o dinheiro das empresas que estavam participando do esquema de corrupção.

Em uma ramificação do caso, os investigadores suspeitam que a Samsung pagou para a Choi para obter a aprovação do governo na controvérsia fusão entre a Cheil Industries e a C&T. A operação foi considerada uma etapa crucial para garantir que Lee Jae-Yong fosse nomeado como dirigente máximo do grupo sul-coreano.

Nas últimas semanas, os investigadores interrogaram em várias ocasiões os dirigentes da Samsung e realizaram buscas na sede do grupo.

O Parlamento sul-coreano votou no início de dezembro de 2016 pela destituição como presidente de Park, suspeita de conluio com Choi. O Tribunal Constitucional do país ainda precisa confirmar a destituição.

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