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Um elefante branco repousa no centro de três regiões - Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em pleno período de pico de transporte de cargas, a hidrovia Tietê-Paraná apresenta 75% de ociosidade. Apesar da baixa utilização, os empresários reclamam de gargalos que até hoje não foram sanados. Agora, com a chegada da Transpetro, subsidiária da Petrobras, fala-se em dois possíveis cenários entre as empresas usuárias do sistema modal.

Há quem acredite que o interesse da Petrobras no negócio pode ser um empurrão para que os problemas estruturais sejam sanados. Outros temem que, ao dobrar a utilização da hidrovia com a Transpetro, os problemas ficarão mais difíceis de serem contornados. O meio de transporte de cargas teria tudo para ser sucesso entre as empresas. É mais barato que o uso de caminhões ou trem, além de emitir menos gases poluentes. Um comboio tira das estradas 160 caminhões. Mas nem a economia nem o apelo ambiental são suficientes para fazer a hidrovia deslanchar.

Em valores atualizados, a estimativa é de que a hidrovia tenha custado aos cofres públicos por volta de R$ 4 bilhões. Em abril deste ano, o governo lançou a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e incluiu a Tietê-Paraná. Esperava-se que pelo menos R$ 12 bilhões fossem incluídos no pacote para ampliações e novos projetos, mas os recursos ficaram em cerca de R$ 2 bilhões.

Entre os motivos para a baixa utilização, diz o professor Rui Carlos Botter, do Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura Portuária da Universidade de São Paulo (USP), estaria o fato de haver uma concorrência muito grande com os caminhões no transporte rodoviário. Segundo dados do Departamento Hidroviário da Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo, na comparação entre janeiro e maio de 2009 e 2010, o total de carga transportada na hidrovia aumentou apenas 3%. Apenas no trecho navegável do Rio Tietê o volume caiu 2%. Os principais produtos transportados são soja e, na sequência, cana de açúcar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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