A diretora de pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Márcia Quintslr, disse nesta quinta-feira (23) que a divulgação do PIB do segundo trimestre está assegurada para o dia 31 deste mês.
Segundo a diretora, não haverá prejuízo na apresentação dos dados do indicador, que mede o volume de produção de bens e serviços na economia do país.
Márcia disse que o PIB, assim como pesquisas de indústria e comércio, são menos afetadas pela greve do que a Pesquisa Mensal de Emprego, cujos dados foram divulgados hoje apenas de modo parcial.
É que, diz, a pesquisa de emprego depende de coleta domiciliar, tipo de levantamento que abarcar mais etapas de processamento, análise e transmissão de dados. "As outras pesquisas são mais automatizadas. Boa parte dos informantes usam a internet para apresentar seus dados ao IBGE."
Na pesquisa de julho, o IBGE deixou de divulgar dados sobre o mercado de trabalho de duas das seis: Rio de Janeiro e Salvador. Nas duas regiões, diz o IBGE, os dados foram coletados e transmitidos, mas durante o processo de "validação e análise" dessas informações os técnicos do instituto perceberam inconsistências.
Diante da qualidade insuficiente da informação, afirma Márcia, a decisão foi não apresentar as informações dessas duas regiões. Em junho, o IBGE já não havia divulgado informações do Rio de Janeiro, mas na ocasião o problema foi a falta de transmissão de dados em volume suficiente para fechar a pesquisa na região metropolitana.
A diretora do IBGE afirmou que cerca de 30% da força de trabalho do instituto se mantém em greve. O trabalho de coleta das informações no domicílio dos entrevistados, diz, praticamente não foi afetado. A tarefa é realizada por trabalhadores temporários, que não aderiram ao movimento.
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