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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai passar a aferir os indicadores de mercado de trabalho de um modo mais amplo, mas inicialmente com uma periodicidade menor. Será calculada uma taxa de desemprego para todo o país. Atualmente ela é restrita as seis maiores regiões metropolitanas , com intervalo trimestral. Os primeiros dados serão divulgados na sexta-feira (17), referentes aos dois primeiros trimestre de 2013 e todo o ano de 2012.

Haverá, porém, duas grande lacunas: num primeiro momento, não serão apresentadas informações sobre rendimento do trabalhado nem de ocupação por setores de atividade.A ideia é incorporar esses dados até o fim deste ano. Segundo Cimar Azeredo Pereira, coordenador de Emprego e Rendimento do IBGE, não houve tempo para fazer um trabalho completo de análise e crítica das informações de renda, diante do aumento do escopo da pesquisa que será levada a campo em 3.500 municípios e 211 mil domicílios a cada trimestre.

No caso das atividades, a tarefa é incorporar a nova classificação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), lançada recentemente. "Vamos ter de reagrupar as atividades. Isso leva um tempo." Alguns dos dados disponíveis serão a taxa de desemprego, número de pessoas ocupadas, número de pessoas desocupadas e informações sobre a força de trabalho nova nomenclatura da População Economicamente Ativa (PEA), que reúne empregados e quem procura trabalho.

Unificação

As informações a serem divulgadas na sexta-feira fazem parte da chamada Pnad contínua, que vai agrupar a antiga Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). As pesquisas não são comparáveis por conta da mudança metodológica e de abrangência. Ou seja, em tese, perde-se a série histórica.

A PME continuará sendo pesquisada ainda ao longo de todo este ano, inclusive no que tange ao rendimento. Não se sabe ainda se a Pnad nos moldes atuais será levada a campo, como sempre ocorre, no mês de setembro.

Para Pereira, o objetivo de unificar as duas pesquisas e realizá-la com uma amostra única foi "otimizar recursos". Antes, cada pesquisa tinha seu grupo de trabalho e uma amostra diferenciada de domicílios. Além dos dados de mercado de trabalho, serão divulgadas informações de cunho social, tradicionais das Pnads, como migração, educação, trabalho infantil e outros esses devem ser publicados uma vez ao ano.

No caso das informações de mercado de trabalho, o IBGE estuda ainda a possibilidade de divulgar mensalmente algumas informações para nível Brasil, como a taxa de desemprego e informações sobre formalização.

Experiência Internacional

Alguns países já adotam uma divulgação trimestral de informações de mercado de trabalho, como México, França e Espanha. Já nos EUA e Canadá, por exemplo, os dados são mensais.

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