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A Bovespa encerrou a sexta-feira (24) em leve queda, acumulando a segunda baixa semanal consecutiva, com investidores cautelosos à espera de novas medidas de estímulo na zona do euro e nos Estados Unidos. O Ibovespa recuou 0,15 por cento nesta sexta-feira, a 58.425 pontos. A sessão foi volátil, com o índice indo de queda de 1,16 por cento à alta de 0,41 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6 bilhões de reais.

Na semana, o índice perdeu 1,1 por cento, após ter recuado 0,33 por cento na semana anterior. "Criou-se uma expectativa de que as medidas contra a crise seriam tomadas com mais urgência, mas isso não aconteceu e o mercado tem realizado um pouco após os ganhos recentes", disse o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.

Depois de subir mais de 10 por cento entre o final de julho e meados de agosto, apoiado na melhora dos mercados externos, o Ibovespa passou a ceder à realização de lucros.

"A bolsa vai continuar a operar muito com base em rumores sobre a possível atuação dos bancos centrais na semana que vem", disse o sócio-sênior da Humaitá Investimentos, Guido Chagas.

"Dado que a bolsa subiu muito nas últimas semanas, à espera de estímulos na Europa e também nos Estados Unidos, existe uma grande chance do mercado devolver boa parte dos ganhos, caso não sejam lançadas medidas concretas."

Nesta sexta-feira, as bolsas externas melhoraram após uma carta do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, afirmando que há espaço para mais ações para flexibilizar as condições financeiras.

Também contribuiu para o bom humor a notícia de que o Banco Central Europeu está considerando estabelecer uma banda para os rendimentos no novo programa de compra de títulos, segundo fontes disseram à Reuters nesta sexta-feira.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta 0,77 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações teve alta de 0,11 por cento.

Por aqui, as ações preferenciais da Vale caíram 0,79 por cento, a 33,92 reais, pressionadas pela queda dos preços de minério de ferro e pelos contínuos sinais de desaceleração da China, segundo operadores.

Ainda entre as blue chips, a preferencial da Petrobras cedeu 0,23 por cento, a 21,23 reais, enquanto OGX teve baixa de 1,84 por cento, a 6,40 reais.

Dentre as maiores quedas do índice, destaque para CSN, que cedeu 5,45 por cento, a 10,92 reais. Analistas do Goldman Sachs cortaram nesta sexta-feira o preço-alvo os papéis da companhia.

Em sentido oposto, a construtora Gafisa disparou 6,23 por cento, a 4,09 reais, seguida pela empresa de alimentos Marfrig, com alta de 3,98 por cento, a 10,46 reais.

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