A inflação medida pelo IGP-M atingiu em maio o maior nível desde julho de 2008 ao subir 1,19% e só não foi maior do que a taxa apurada no sétimo mês de 2008, quando o IGP-M subiu 1,76%. A informação é baseada em tabela contendo a série histórica do indicador, fornecida pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Pela mesma tabela, é possível notar que Índice de Preços por Atacado (IPA) de maio, que subiu 1,49%, teve também o maior resultado nesse tipo de indicador desde julho de 2008 quando o IPA subiu 2,2%. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de maio, que registrou alta de 0,49%, assumiu trajetória oposta, e registrou a menor taxa desde dezembro do ano passado, quando o índice subiu 0,20%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que teve aumento 0,93% em maio apresentou a menor taxa desde março deste ano, quando o INCC-M subiu 0,45%. Esses três índices compõem o índice geral do IGP-M.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa, o índice de maio pode ter retratado para os Índices Gerais de Preços (IGPs) o pico do movimento de altas gerado pelo recente reajuste do minério de ferro acordado entre mineradoras e siderúrgicas.
Ele espera que o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) também de maio, apresente evolução um pouco mais amena. "Acredito que esse possa ter sido, sim, o pico e que, a partir de agora, tenhamos um arrefecimento dos IGPs. A taxa de hoje reforça esta análise", disse o economista. "O IGP-M do próximo mês, por exemplo, tende a ficar com uma taxa abaixo de 1%."



