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Preços

IGP-M registra deflação pelo terceiro mês seguido

Produtos agrícolas e industriais no atacado influenciaram queda

Rio (AE) – O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) registrou a terceira deflação consecutiva em julho e caiu 0,34% no mês, ante queda de 0,44% em junho. O resultado, anunciado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi influenciado pela continuidade de taxas negativas nos preços dos produtos agrícolas e industriais no atacado. A deflação, porém, foi menos intensa por causa do arrefecimento do impacto da valorização cambial para a redução dos preços no atacado, principalmente nas commodities, aliado a aumentos nos preços de combustíveis e de telefonia fixa.

O IGP-M de julho, cujo período de coleta de preços foi do dia 21 de junho a 20 de julho, ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, de resultado entre -0,33% a -0,10%. O coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, acha difícil uma quarta deflação consecutiva em agosto. Ao justificar sua posição, o técnico comparou o cenário atual com o período de maio, junho e julho de 2003, quando o IGP-M também apresentou três meses de deflações consecutivas, respectivamente de -0,26%, de -1% e de -0,42%.

Naquela época eram mais intensos o desaquecimento na economia, a valorização cambial, e o aperto monetário – fatores que estão influenciando as quedas no indicador este ano. "Mesmo com aquele cenário, o processo de deflação em 2003 não durou mais do que três meses. Acho que essa terceira queda será a última (consecutiva) no IGP-M", opinou.

Em julho, o Índice de Preços por Atacado (IPA), item de maior peso na formação do IGP-M, recuou 0,65%, queda menos intensa do que a de junho (-1%). Contribuíram para isso as taxas negativas de menor intensidade em produtos agrícolas (de -1,56% para -1,19%) e industriais (de -0,82% para -0,48%).

No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu para 0,12% em junho, ante alta de 0,05% em junho, graças ao reajuste de telefonia fixa (2,84%). "Se fosse excluída telefonia o IPC teria subido 0,01% em julho", calculou o economista da FGV, André Braz. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) passou de 2,20% para 0,65% em julho.

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