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crédito

Inadimplência de empresas sobe 26,3%

Segundo pesquisa, atraso de pagamentos se deve à falta de liquidez para renegociar dívidas e financiar investimentos

São Paulo - A taxa de inadimplência da pessoa jurídica subiu 26,3% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, apontou pesquisa divulgada ontem pela Serasa Experian, empresa especializada na análise de crédito.

Ante junho, a variação foi de 6,6%. Já no acumulado de janeiro a julho, o índice de atraso nos pagamentos chega a 29,7%.

De acordo com o instituto, essa elevação indica que, mesmo com a recuperação econômica a partir de maio, a queda dos juros, a resposta do mercado interno e a volta gradual do crédito não foram suficientes para as empresas reverterem os danos causados pela crise.

Segundo os analistas da Serasa Experian, as empresas ainda enfrentam muitos problemas de liquidez para financiar suas atividades, seus investimentos e renegociar suas dívidas. Os técnicos também destacam que a recessão global e o real valorizado estão penalizando as empresas exportadoras.

A expectativa dos técnicos é de que a inadimplência das empresas se mantenha em níveis elevados em relação a 2008, com possibilidade de queda no último trimestre do ano. De janeiro a julho de 2009, entre as modalidades de crédito a liderança foi dos títulos protestados, com 41,6% de participação no indicador, ante 42,1% em igual período de 2008.

Em seguida, com 39% de participação até julho, estão os cheques sem fundos (38,7% no mesmo período do ano passado). Fecham o ranking as dívidas com bancos, com 19,4% de participação de janeiro a julho deste ano, acima dos 19,2% observados no mesmo período do ano anterior.

Valor médio

Nos sete primeiros meses de 2009, o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 4.563,70, 3,6% superior ao verificado no acumulado de janeiro a julho de 2008.

Os títulos protestados, por sua vez, tiveram de janeiro a julho deste ano um valor médio de R$ 1.805,48, resultando em 20,7% de aumento, ante o mesmo período do ano passado. Por fim, os cheques sem fundos apresentaram, de janeiro a julho de 2009, um valor médio de R$ 1.461,35, com 14,5% de crescimento, quando comparado com igual período de 2008.

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