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O nível de inadimplência do consumidor brasileiro apresentou alta de 8% em 2008 na comparação com o ano anterior, divulgou nesta quinta-feira (15) a Serasa.

No acumulado de 2007, a alta na inadimplência correspondeu a 1,7% ante o mesmo período de 2006. A modalidade de dívida mais recorrente foi a adquirida junto aos bancos, apontada por 43,2% dos inadimplentes. Em seguida, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras, responsáveis por 33,7%, os cheques devolvidos (27,2%) e títulos protestados (26%).

Na avaliação do assessor econômico da entidade, Carlos Henrique de Almeida, a diminuição da renda dos consumidores, afetada pela inflação nos itens básicos, influenciou a alta da inadimplência. Ele também destacou o aumento da taxa Selic (juro básico definido pelo Banco Central), que subiu 2,5 pontos porcentuais no ano, e a elevação dos juros devido às incertezas dos mercados frente à crise financeira mundial.

"Isso penalizou, principalmente, os consumidores assíduos na utilização do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito", explica.

A concessão de crédito mais conservadora e com prazos mais curtos no último trimestre de 2008 também foi outro fator citado pelo economista, porque atingiu os consumidores dependentes de crédito para pagarem dívidas já adquiridas. Para o início de 2009, a tendência é de novos aumentos no nível de inadimplência. Isso porque o primeiro trimestre é marcado por contas sazonais como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar.

O pagamento do 13º no fim do ano passado não foi suficiente para aliviar o nível de inadimplência do consumidor brasileiro, que em dezembro subiu 2,5% na comparação com o mês anterior. De acordo com a Serasa, o comportamento de alta é incomum nessa época do ano, quando grande parte dos brasileiros destina o benefício ao pagamento de dívidas. Em dezembro de 2007, por exemplo, a inadimplência caiu 1,5% na comparação com novembro de 2007.

O assessor econômico da Serasa Carlos Henrique de Almeida atribui o comportamento de alta a dois fatores: para alguns consumidores, as compras de Natal foram priorizadas em relação ao pagamento de dívidas, e para outros, o 13º salário não foi suficiente para pagar as pendências financeiras.

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