Índios guaranis ameaçaram nesta segunda-feira cortar as exportações de gás boliviano para o Brasil. Ontem eles voltaram a cercar as reservas de petróleo e gás na região de Chaco, controladas pela joint venture Transierra (composta pela brasileira Petrobras, a espanhola Repsol e a francesa Total). "Iremos ocupar hoje os campos de produção e paralisar todas as atividades e suspender as exportações para o Brasil", afirmou ontem Wilson Changaray, líder da Assembléia do Povo Guarani, à rádio Fides.
Segundo a agência Reuters, o gerente comercial da Transierra, Jorge Boland, disse que os suprimentos estavam normais. Os índios afirmam que a empresa não cumpriu a promessa de investir US$ 9 milhões em projetos de desenvolvimento na área. Porém, a Transierra divulgou que pretende investir a quantia ao longo de 20 anos, e não apenas de uma só vez, como querem os guaranis. Ainda segundo a Reuters, a Transierra está tentando agendar um encontro com os índios para esta terça ou quarta-feira.
Os índios da APG já haviam ocupado, há cerca de dez dias, uma estação de controle do gasoduto. O Brasil importa cerca de 26 milhões de metros cúbicos de gás por dias da Bolívia, o que representa proximadamente metade do que o país consome.
Ações
O presidente da Petrobras-Bolivia, José Fernando de Freitas, disse que a empresa aceita vender a maioria das ações de suas refinarias ao governo boliviano se puder manter o controle das áreas técnica, ambiental e de recursos humanos. Segundo o diário boliviano "El Deber", Freitas aceitaria até mesmo vender a totalidade das ações das refinarias, desde que se chegue a um acordo sobre o preço conveniente.
A Petrobras é proprietária das refinarias Gualberto Villaroel (Cochabamba) e Guillermo Elder Bell (Santa Cruz). Pelo decreto de nacionalização das reservas de hidrocarbonetos da Bolívia, as empresas estrangeiras são obrigadas a entregar toda a produção à estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos).
Freitas disse que a Petrobras não tem intenções de fazer novos investimentos no país.
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