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Um grupo de índios, ribeirinhos e pequenos agricultores invadiu na madrugada desta quinta-feira (21) um dos canteiros de obras da hidrelétrica de Belo Monte, na região de Altamira (900 km de Belém).

Segundo a Norte Energia, empresa responsável pela hidrelétrica, participaram da invasão cerca de 60 pessoas. Por questões de segurança, o CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte) decidiu paralisar as obras no sítio Pimental e retirar os operários do local.

Os demais canteiros de obras, Belo Monte e Canais e Diques, continuam funcionando normalmente.

Os invasores cobram o cumprimento de compensações previstas pela obra.

Segundo o Movimento Xingu Vivo, grupo ambiental contrário a Belo Monte, entre os manifestantes há índios juruna, xipaia, curuaia e canela. Os pequenos agricultores são moradores de uma área próxima à obra.

Dentre as queixas desses grupos está a indefinição sobre a regularização fundiária de áreas próximas à obra e o sistema de transposição de embarcações pelo rio Xingu (estrutura para contornar áreas mais secas do rio), que eles dizem estar prejudicando os barcos pequenos.

Funcionários da Norte Energia foram ao local negociar com os manifestantes. Agentes da Força Nacional de Segurança também acompanham a invasão.

Já é o segundo protesto em Belo Monte envolvendo índios neste ano. Em janeiro, eles fecharam o acesso ao sítio Pimental durante três dias, reclamando de impactos da obra ao rio Xingu, e terminaram o protesto após uma garantia de indenização. No ano passado, índios chegaram a realizar um quebra-quebra nos escritórios da obra. No início deste mês, operários tocaram fogo em alojamentos.

A hidrelétrica de Belo Monte tem conclusão prevista para 2019 e deverá ser a terceira maior do mundo.

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