Veículos
Exportação surpreende e faz Anfavea rever estimativa de produção
Agência Estado
As exportações de veículos estão superando as previsões das montadoras e provocando uma revisão nas projeções da produção de veículos no Brasil.
Até agora, as empresas previam fechar 2013 com produção de quase 3,5 milhões de veículos, com alta de 4,5% em relação a 2012. Os novos números serão divulgados no próximo mês. "O viés é de alta", diz o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.
De janeiro a julho, as vendas ao exterior cresceram 24,9%, para 318,6 mil veículos. No mesmo período, a produção cresceu 15,8% em relação a 2012, com 2,169 milhões de unidades. O mês passado teve produção recorde para meses de julho, com 312,3 mil unidades.
Segundo a nova projeção, as exportações devem ter um salto de 20% em relação ao ano passado, atingindo 534 mil unidades até dezembro. Até então, a Anfavea trabalhava com expectativa de queda na casa dos 5%.
3,5% de alta tiveram as vendas da indústria paranaense para outros estados do país no primeiro semestre. As vendas para clientes paranaenses, por sua vez, recuaram 0,6% em relação à primeira metade de 2012. E as exportações despencaram 11,8%.
O faturamento da indústria do Paraná caiu 1,1% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2012. A informação foi divulgada ontem pela Fiep, a federação das indústrias do estado. O mês de junho, isoladamente, teve um resultado preocupante: as vendas industriais caíram 6,6% em relação a maio, o que a Fiep classifica como "um sinal de alerta" para o segmento.
Se o retrocesso nos números se mantiver a partir de julho, segundo economistas da instituição, a expectativa de crescimento para a indústria paranaense em 2013 antes estimado entre 2,5% e 3% em relação a 2012 deve ser corrigido para baixo.
A redução nas vendas em junho interrompeu uma série de três meses seguidos de crescimento. A indústria paranaense teve 17,9% de aumento de vendas em março, 10,2% em abril e 1,9% em maio.
As oscilações do primeiro semestre refletem um panorama incerto da economia brasileira, na opinião de Maurílio Schmitt, coordenador do Departamento Econômico da Fiep. "Os números evidenciam a nebulosidade que se dissemina sobre a economia nacional", disse, no relatório mensal da entidade.
Segmentos
Dos 18 setores pesquisados pela federação, 11 perderam faturamento na passagem de maio para junho. O segmento que sofreu maior retração nessa comparação foi o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com queda de 25,9% com relação a maio.
Em seguida, os setores mais prejudicados são o de produtos de metal, com diminuição de 16,2%, e vestuário, com 15,9%. O motivo alegado para o índice baixo no ramo de vestuário foi o fim das vendas da moda outono-inverno.
Semestre
Apesar da queda em relação em maio, a indústria de roupas foi a campeã do primeiro semestre de 2013: em relação ao mesmo período do ano passado, ela faturou 42,8% mais. Na sequência, aparecem couro e calçados (alta de 20,4%) e têxteis (12%).
No outro extremo da tabela, os piores desempenhos do primeiro semestres foram os das indústrias de material eletrônico e comunicações, cujas vendas caíram 13,2%; veículos automotores (-12,2%); e edição e impressão (-11,9%).
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