
A indústria brasileira ganhou fôlego pelo segundo mês consecutivo em agosto. A produção subiu 0,7%, mesma taxa observada em julho, sempre na comparação com o mês anterior. Mas o dado tem de ser relativizado, segundo analistas, já que não recupera as perdas observadas entre março e julho deste ano. Além disso, a indústria segue operando abaixo de 2013.
INFOGRÁFICO: Veja os dados da produção industrial em agosto
Na comparação com agosto do ano passado, a produção caiu 5,4%, o sexto resultado negativo nesta base, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos oito meses de 2014, a indústria registra perda de 3,1%. "Há uma melhora em relação ao passado recente, mas não zera totalmente as anteriores. A base de comparação é baixa", afirmou André Macedo, gerente da Coordenação da Indústria do IBGE. De março a junho, a produção recuou 3,4%, mas só cresceu 1,4% entre julho e agosto.
A evolução mais lenta da demanda, devido ao endividamento ou ao encarecimento do crédito, é um dos principais obstáculos à indústria. Mas outros aspectos influenciam, como o baixo nível da confiança tanto de empresários quanto de consumidores, as exportações em queda e a maior presença de importados.
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