
A segunda prévia de junho da chamada "inflação do aluguel", medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), confirmou a tendência de desaceleração percebida na primeira leitura do mês. A taxa ficou em 0,63%, após ter registrado alta de 1% na mesma prévia de maio, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O freio no preço da soja contribuiu para uma redução na variação de preços do atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo caiu praticamente pela metade (0,65% em junho, após 1,24% em maio). A desaceleração só não foi maior porque ainda houve impacto da desvalorização cambial, principalmente sobre os bens intermediários.
O minério de ferro subiu mais em junho (de 2,87% para 3,59% no período), puxado por pressões cambiais. A soja, embora seja cotada em dólar, reflete a queda dos preços no mercado internacional. Após um período de altas expressivas, o grão reduziu o aumento de 9,45% em maio para 2,64% em junho.
Na direção oposta, o automóvel novo ficou ainda mais barato, tanto no atacado (-2,59%) quanto ao consumidor (-3,88%). O movimento foi reflexo da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciada pelo governo, mas também de descontos praticados por fabricantes. Em consequência, os automóveis usados também caíram de preço (-2,10%).



