A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,41% em agosto deste ano. A taxa é inferior ao 0,43% registrado em julho deste ano, mas supera o índice de agosto do ano passado (0,37%).
O dado foi divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação oficial acumula taxa de 3,18% no ano e de 5,24% nos últimos 12 meses.
O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,33% a 0,45%, e um pouco acima da mediana projetada de 0,40%.
Alimentos e bebidas puxam alta
Os aumentos nos preços dos alimentos e bebidas voltaram a pressionar a inflação em agosto, segundo o IBGE. O grupo alimentação e bebidas registrou variação de 0,88% em agosto, ligeiramente abaixo da verificada em julho, de 0,91%. Como resultado, os alimentos puxaram a alta de 0,41% no IPCA do mês, com um impacto de 0,21 ponto porcentual.
As regiões metropolitanas de Fortaleza e Curitiba tiveram as maiores altas nos alimentos, a primeira com um aumento de 1,36% e a segunda com avanço de 1,30%. Belém teve o menor resultado, com um aumento de 0,47%.
Após um avanço de 50,33% nos preços em julho por causa da redução da oferta, o quilo do tomate voltou a subir em agosto. O fruto ficou 18,96% mais caro e manteve a liderança no ranking dos principais impactos do mês, com uma contribuição individual de 0,06 ponto porcentual no IPCA. No ano, o tomate já acumula uma alta de 76,46%.
Ficaram mais caros também a cenoura, alho, batata inglesa, ovo de galinha, outras bebidas alcoólicas, pão doce, arroz, entre outros. Na direção oposta, registraram deflação os feijões carioca, fradinho e mulatinho, além do açaí, hortaliças e cebola.



