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| Foto: Benett

A esta altura, você provavelmente ouviu falar de robôs garçons. Eles estão aí, embora ainda longe da naturalidade (e eficiência) que se espera. Mas, mesmo antes de as máquinas habitarem os salões dos restaurantes, novas tecnologias baseadas em inteligência artificial e Big Data já começam a revolucionar uma das atividades mais corriqueiras (e agradáveis) da vida: aquela saidinha para um jantar relaxante.

E tem explicação para isso. “A área de serviços serve como um ambiente de testes para desenvolvedores de algoritmos e sistemas inteligentes. Se funcionam, são aplicadas a finalidades mais complexas. Por isso tem surgido tanta tecnologia nova”, explica William Coltrin, cientista da computação e consultor de tecnologia em alguns projetos em solo nacional.

Em pouco tempo, um menu tecnológico completo pode te levar ao seu restaurante preferido:

Onde vou?

Você provavelmente escolhe onde ir baseado na opinião de amigos, na leitura de jornais e avaliações dos sites. Mas o Foursquare quer decidir para você. E por isso está testando nos Estados Unidos, uma ferramenta chamada Marsbot – um software inteligente que analisa seu perfil, gostos e padrões para sugerir, em linguagem coloquial, lugares onde fazer uma refeição. Mas sem que você pergunte. “Nosso objetivo é dar opções antes mesmo de a pessoa perguntar, baseado na localização do usuário e nos lugares onde costuma ir”, explica Marissa Chacko, gerente de produtos da empresa. E essa tecnologia é capaz de aprender cada vez mais sobre a pessoa – um termo conhecido como machine learning. Se ela costuma ir a sorveterias após as refeições, o app começará a indicar sorveterias novas na cidade automaticamente.

Tem que fazer reserva?

Ligar para reservar mesas – ou até mesmo ligar para convidar seus amigos – é cada vez mais raridade nos Estados Unidos, que tem o exemplo mais bem sucedido de aplicativo de reservas. O OpenTable está ligado a mais de 30 mil casas e tem funcionalidades como permitir chamar os amigos para sair via app. No Brasil, já existem iniciativas parecidas, como o Restorando.

Quanto tempo de espera?

Encarar filas para jantar é tarefa enfadonha – basta pensar na lista de espera em datas como o dia dos namorados. E é por isso que aplicativos e sites que colocam o usuário de forma remota na fila de espera, pela internet, estão fazendo sucesso inclusive no Brasil (Get-In App, Styme e U.Sit). Por eles, pode-se acompanhar o fluxo na casa desejada ou a expectativa de tempo até determinada mesa enquanto se faz outras coisas.

O que eu peço?

Chega de pedir sugestão ao garçom – afinal, pode ser que o gosto dele não seja tão parecido com o seu. Por isso, um grupo de desenvolvedores russos lançou nos EUA um aplicativo chamado Luka, que aprende as preferências do usuário, analisa uma vasta seleção de resenhas publicadas em revistas e jornais especializados sobre os restaurantes para indicar qual é a pedida certa. E no modelo de chatbot, em que se pode conversar com a inteligência artificial de forma natural (ou quase).

Quem atende?

É aí que os robôs entram. Muitos programadores testam soluções em que as máquinas podem substituir os garçons. Em alguns casos, até o profissional da cozinha. Já existe, por exemplo, um robô capaz de preparar coquetéis, o norte-americano Somabar. Em fase de financiamento, ele faz as bebidas em questão de segundos. Ao cliente, basta fazer o pedido via smartphone. Na China, neste ano, alguns restaurantes chegaram a colocar robôs nos lugares de garçons – mas eles se mostraram ainda ineficientes e foram retirados para ajustes.

Como pagar?

Apontar a câmera do celular para um leitor de QR Code, digitar a senha de segurança e pegar é possível com serviços como o Incube (que permite até dividir a conta). Mas há uma infinidade de outras fintechs, empresas de tecnologia financeira, investindo no assunto. E muitos dos outros serviços, como o Get-In App, do começo desta lista, que pretende implantar a funcionalidade em sua ferramenta.

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