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| Foto: ROSLAN RAHMAN/AFP

Autoridades americanas fizeram um pedido para que fabricantes de celulares coloquem dispositivos em seus aparelhos que evitem seu uso por motoristas. A medida é uma resposta ao aumento no número de mortes provocadas por motoristas distraídos e deve encontrar resistência das empresas de tecnologia.

As diretrizes voluntárias propostas na quarta-feira (23) são o bloqueio de vídeos e de aplicativos de mensagens enquanto os veículos estão em movimento. “Milhões de americanos estão pegando as estradas para o feriado de Ação de Graças e muitos deles estão colocando suas vidas em risco por motoristas distraídos com seus celulares”, declarou o secretário de Transporte, Anthony Foxx. “Essas propostas, baseadas nas melhores pesquisas disponíveis, ajudarão os desenvolvedores a criarem dispositivos móveis que vão reduzir a distração nas estradas.”

Entre as maneiras que os fabricantes podem atender as propostas está a criação de um “modo motorista” que limita as funções quando o veículo está em movimento. Mapas continuariam a funcionar para ajudar na navegação.

A associação que representa fabricantes como Apple e Samsung caracterizou a proposta como “extrema”. “O alcance da regulação pode cortar a criação de soluções inovadoras e tecnologias que ajudarão os motoristas a tomar decisões de forma mais segura”, disse Gary Shapiro, presidente da associação. Ele classificou a proposta como uma “tentativa da atual administração de levar adiante uma regulação altamente questionável” antes da posse do presidente eleito Donald Trump.

A CTIA, que representa operadoras como AT&T e Verizon, criticou a proposta como “a abordagem errada para os consumidores”.

A resposta das montadoras, que têm sido criticadas por adicionar distrações eletrônicas nos veículos, foi mais positiva. A Ford está analisando as diretrizes, mas se diz “encorajada pelas autoridades estarem olhando para múltiplos fatores além do veículo para lidar com a distração dos motoristas”, disse Elizabeth Weigandt, porta-voz da montadora.

No ano passado, os EUA registraram 35 mil mortes nas estradas, o número mais alto desde 1966. A alta de 7,2% foi creditada a um aumento no número de pessoas dirigindo, à direção de pessoas alcoolizadas, excesso de velocidade e distração por aparelhos eletrônicos. Pelo menos 10% das mortes envolveram um ou mais motoristas distraídos, o que resultou em um crescimento de 8,8% no número de fatalidades relacionadas com esse fator.

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