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Sam Schmidt costumava competir pela Fórmula Indy, mas se acidentou e só consegue mover do pescoço para cima, | Divulgação/Arrow Electronics
Sam Schmidt costumava competir pela Fórmula Indy, mas se acidentou e só consegue mover do pescoço para cima,| Foto: Divulgação/Arrow Electronics

Depois de o piloto Sam Schmidt, que competia pela Fórmula Indy, sofrer um acidente que o deixou tetraplégico, no ano 2000, esperava-se que ele nunca mais fosse dirigir novamente. Schmidt, no entanto, provou que poderia voltar às pistas em abril deste ano, quando demonstrou a utilização de um carro semiautônomo a mais de 80 quilômetros por hora.

E na última quinta-feira (28), ele conseguiu a permissão oficial do estado de Nevada, nos Estados Unidos, para dirigir o carro em vias públicas.

O veículo usado por Schmidt foi montado especialmente para ele em 2014, pela Arrow Electronics, em um projeto chamado de SAM. Depois de verificado que o carro poderia funcionar sob comando do piloto, a empresa de veículos e Schmidt começaram a revisar as regras para licenciamento de direção no estado de Nevada, na tentativa de ajustar as condições para inclui-lo.

Veja o vídeo do carro semiautônomo em ação

O automóvel, um Corvette Z06, não funciona de maneira inteiramente autônoma, mas é assim considerado por conta de o motorista não possuir seu controle ativo total. Schmidt o comanda utilizando sua voz, cabeça e respiração para direcionar, frear e acelerar.

De acordo com o site Popular Science, Jude Hurin, do Departamento de Veículos Motores de Nevada, explicou que o carro da Arrow Electronics “não apenas rompe as definições vigentes de autonomia, mas também entrega uma tecnologia que tem potencial de trazer liberdade a pessoas com necessidades especiais.

Confira fotos de Sam Schmidt e seu carro adaptado

“Competir em corridas é um sonho meu desde que eu tinha cinco anos de idade”, contou Schmidt em um comunicado oficial da Arrow Electronics. “Eu pensei que nunca seria capaz de dirigir novamente após meu acidente, mas este veículo torna possível que eu melhore cada vez que eu estou na estrada. Quando eu dirijo o carro SAM, tenho uma sensação de normalidade”.

Funcionamento

Para tornar a direção possível, uma série de sensores foi instalada no veículo. Entre eles, o sistema de câmera infravermelha, em que quatro dispositivos são conectados da cabeça do motorista ao painel do carro. Esse sistema detecta os movimentos realizados por Schmidt.

O piloto também segura um objeto em sua boca, que deve soprar para acelerar o carro e sugar para frear. Um sistema computadorizado coleta sinais dos dispositivos de cabeça e de boca, fazendo um balanço para controlar a aceleração, frenagem e direção.

O carro possui um sistema de segurança com algoritmos que estabelecem limites para o veículo, prevenindo a influência de movimentos bruscos de cabeça - causados por espirros, por exemplo - que são traduzidos pelo sistema como gestos não-intencionais. Outro mecanismo, baseado em GPS, faz com que o veículo não se aproxime mais de um metro e meio da borda da pista.

Confira o vídeo do projeto SAM*

*Para incluir legendas em português, basta configurar no ícone da engrenagem, na barra inferior do vídeo.

  • O veículo usado por Schmidt foi montado especialmente para ele em 2014, pela Arrow Electronics, em um projeto chamado de SAM.
  • O automóvel, um Corvette Z06, não funciona de maneira inteiramente autônoma, mas é assim considerado por conta de o motorista não possuir seu controle ativo total.
  • Para tornar a direção possível, uma série de sensores diferenciados foram instalados no veículo.
  • O carro possui um sistema de segurança com algoritmos que estabelecem limites para o veículo, prevenindo a influência de movimentos bruscos de cabeça.
  • O sistema de câmera infravermelha, em que quatro dispositivos são conectados da cabeça do motorista ao painel do carro, permitem a mudança de direção.
  • Sam Schmidt se acidentou em 2000, durante uma sessão de treino de Fórmula Indy, e acabou ficando tetraplégico.
  • Outro mecanismo do veículo, baseado em GPS, faz com que ele não se aproxime mais de um metro e meio da borda da pista.

Colaborou: Cecília Tümler

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