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Internet por celular dobrou em 2011

Estudo da consultoria Teleco, em parceria com Huawei, prevê que em 2014 os acessos móveis serão quatro vezes maiores que os pela rede fixa

Atualmente, internet por celular está disponível em 48,6% dos municípios brasileiros | Mike Blake/Reuters
Atualmente, internet por celular está disponível em 48,6% dos municípios brasileiros (Foto: Mike Blake/Reuters)

O acesso à internet pela rede de celular ainda é mais caro do que pela rede fixa no Brasil e está disponível para uma quantidade bem menor de municípios, mas a chamada "banda larga móvel" é a que mais cresce e a que mais deve se popularizar. A conclusão é de um estudo feito pela consultoria brasileira Teleco em parceria com a multinacional chinesa Huawei, que preveem um número quatro vezes maior de acessos à internet pelo celular em 2014 do que por cabo.

Navegar na internet por smartphones se tornou uma prática comum para dezenas de milhões de pessoas. O número dobrou entre 2010 e 2011, e a previsão é de que o Brasil tenha 124 milhões de acessos pela rede móvel até 2014. Para a banda larga fixa, a perspectiva é de que esse número chegue a 30 milhões.

Para cada 100 habitantes, segundo a pesquisa, são 21 acessos móveis (maior que a média internacional) e 8,4 acessos fixos (menor que a média) no Brasil. Isso porque a rede fixa está disponível em 99,8% dos municípios; enquanto a rede móvel chega a menos da metade deles (48,6%).

O presidente da Teleco, Eduardo Tude, afirma que os preços dos planos ainda são a maior barreira para o crescimento da internet no país, tanto para a internet fixa quanto a móvel. Em média, um plano com franquia de 500 megabytes e velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps) sai por R$ 56,20 pela rede móvel. Na fixa, uma conexão de 1 Mbps custa entre R$ 29,80 e R$ 54,90.

Preço e universalização são dois dos pontos que fazem parte do Plano Nacional de Banda Larga, gerenciado pela Telebrás, sob o Ministério das Comunicações. A ideia do programa de governo é aumentar o acesso à internet e promover (indiretamente, por meio de competição) a expansão da oferta para mais cidades. Para isso as empresas devem vender conexões de 1 Mbps por no máximo R$ 35 mensais ou R$ 29,90, quando houver isenção de impostos estaduais.

A competição, ao lado do preço, é outro grande problema do setor. Os cenários entre internet móvel e fixa, nesse campo, são bem parecidos. De toda a área coberta com internet móvel, apenas 12,6% dos municípios têm duas operadoras ou mais disputando mercado, segundo o Balanço Huawei da Banda Larga 2011.

O panorama mostra que há uma preferência pelo celular conectado e muitas vezes esta é a única opção para acessar a internet. As operadoras brasileiras já sentem a movimentação em suas receitas. A participação dos planos de dados no ganho total das empresas brasileiras é semelhante à das operadoras de países desenvolvidos. Enquanto no Japão a taxa é superior a 50% e na Europa é 30%, o Brasil tem, em média, 20,9%. A Vivo lidera o quadro nacional com 26,1% (alta de 39,1% em relação a 2010).

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