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O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, atingiu 9,25% no acumulado dos últimos 12 meses, o maior nível para o intervalo desde dezembro de 2003 (9,86%). O índice veio assim em linha com o centro das estimativas de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, de uma alta acumulada de 9,28% no período. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (22).

Nesse período, a inflação foi afetada primeiro por preços administrados pelo governo, como a energia elétrica e combustíveis. Depois houve o impacto dos alimentos e jogos de azar. A energia elétrica teve um avanço de 59,38% nos últimos 12 meses até julho. Já o grupo de alimentação e bebidas teve alta de 10,03% nesse mesmo período. Com tanta pressão, a inflação está acima do teto da meta do governo, de 6,5% ao ano – o centro da meta é de 4,5%.

Quando considerado apenas o mês de julho, a prévia da inflação oficial foi de 0,59%, desacelerando na comparação a junho (0,99%) deste ano. Apesar da alta menor, o IPCA-15 registrado em julho é considerado relativamente alto para os padrões históricos do mês. O índice é maior que o de julho de 2014 (0,17%) e o maior para o mês desde 2008 (0,63%).

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Por trás da desaceleração estão os preços que foram vilões da inflação nos últimos meses e que começaram a dar uma trégua, com a maior parte dos reajustes ficando para trás. Dos nove grupos acompanhados pelo IBGE, somente habitação (1,15%) e comunicação (0,59) tiveram aceleração na passagem de junho para julho.

Agosto

Passada a onda de reajustes de preços administrados pelo governo, os economistas esperam que a inflação atinja o pico na taxa de 12 meses em agosto e comece a desacelerar a partir de setembro deste ano. Para a consultoria Rosenberg & Associados, a taxa deve subir para algo próximo de 9,50% em agosto próximo e iniciar, então, um processo de desaceleração. No mercado, os economistas não apostam atualmente que o índice de inflação vá superar 10% no acumulado de 12 meses.

A desaceleração mais intensa da taxa deve ocorrer no início do ano que vem. A expectativa é que a inflação feche 2016 perto de 5,40% .

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