O ministro das Finanças do Japão, Naoto Kan, pediu aos líderes chineses que tomem decisões apropriadas quanto à taxa de câmbio da China, mas não fez solicitações específicas sobre apreciação do yuan. "Eu não disse nada sobre o que a China deveria fazer ou não", sobre a moeda, afirmou Kan.
Tóquio e Pequim concordaram em continuar trabalhando juntos para garantir o crescimento econômico, segundo um comunicado conjunto divulgado no sábado. Neste domingo, Kan teve reuniões com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o ministro das Finanças da China, Xie Xuren. Os dois países concordaram em adotar políticas macroeconômicas apropriadas.
Kan disse que não discutiu o futuro da política cambial chinesa durante os encontros com os representantes da China, indicando que o debate quanto à taxa de câmbio não foi muito acalorado. "Eu disse a Wen que eu acredito que a política de câmbio estável ajudou a abrandar a recente turbulência financeira e pedi a ele que continue a tomar decisões apropriadas" quanto ao problema da taxa de câmbio, acrescentou Kan, durante entrevista para a imprensa.
As observações de Kan sobre a política cambial chinesa acontecem em meio a comentários de países desenvolvidos e em desenvolvimento, dizendo que a moeda chinesa está sendo mantida enfraquecida de forma artificial, para dar vantagem às exportações da China. Alguns congressistas norte-americanos solicitam que Pequim aprecie o yuan. O ministro japonês sugeriu que Tóquio não irá seguir esta tendência e provavelmente não pressionará Pequim fortemente para apreciar acentuadamente o yuan.
A China é o maior parceiro comercial do Japão e as exportações para o país avançaram pelo quarto mês consecutivo em fevereiro (47% no ano), segundo dados do governo. Se o ritmo de crescimento da China tiver desaceleração, poderia prejudicar a economia japonesa, conduzida pela exportação, o que o deixa Tóquio relutante em relação à questão da moeda chinesa.
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