A taxa de juro cobrada da pessoa física caiu de 7,58% em janeiro para 7,54% em fevereiro e atingiu o patamar mais baixo desde março de 2001 (7,49%, ou 137,91% ao ano). O levantamento, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), mostra que apenas as empresas de cartão de crédito não baixaram nem um pouco suas taxas no período, mantendo a média de 10,24% ao mês.
Nas demais modalidades de financiamento, o juro recuou. No comércio, baixou de 6,15% para 6,11% ao mês. No cheque especial, de 8,21% para 8,19%. No Crédito Direto ao Consumidor (CDC) dos bancos, usados principalmente para o financiamento de veículos, a taxa média caiu de 3,5% para 3,42%. No empréstimo pessoal, os bancos reduziram de 5,75% para 5,69% ao mês. O juro mais alto do mercado continua sendo o das financeiras, que foi reduzido de 11,63% para 11,56% ao mês.
Apesar da redução, o ritmo da queda do juro ao consumidor segue lento. De setembro para cá, o juro básico da economia caiu 3,25 pontos percentuais, de 19,75% para 16,5% ao ano, mas a taxa cobrada do consumidor recuou menos, 1,88 ponto percentual, passando de 141,12% para 139,24% ao ano.
Nas operações de crédito para pessoa jurídica, a taxa média teve uma pequena redução atingindo 4,42% ao mês (68,04% ao ano) em fevereiro, com queda de 0,23%, correspondente a uma redução de 0,01 ponto percentual no mês.
Para a Anefac, as reduções seguem a política de queda do juro básico da economia do Banco Central, mas não integralmente. O motivo, explica a entidade, é a demanda por crédito, que continua alta, e a inadimplência. "Estas reduções das taxas de juros em percentuais inferiores à queda da taxa básica de juros (Selic) podem ser atribuídas à maior demanda por crédito neste começo de ano para o pagamento de despesas como: (IPVA, IPTU, despesas escolares e compras de natal) bem como ao aumento da inadimplência que cresceu 0,2 ponto percentual no ano."
