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Veja que taxa de empréstimo pessoal e cheque especial mudam de banco a banco |
Veja que taxa de empréstimo pessoal e cheque especial mudam de banco a banco| Foto:

Alta não deve inibir consumo

O Crédito Direto ao Consumidor (CDC), medido mensalmente pela Anefac, teve um leve aumento em março, último mês disponível na pesquisa. O CDC ficou no mês passado em 2,39% ao mês (32,77% ao ano), contra 2,34% a.m. (31,99% ao ano) em fevereiro.

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Taxas sobem após discurso do presidente do Banco Central

Os juros futuros terminaram com as taxas de curto e médio prazos em alta ontem, enquanto os contratos de longo prazo cederam. O destaque do dia foram as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em Washington, lidas como uma sinalização de que o processo de aperto da Selic pode não estar perto do fim, como se esperava.

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As taxas médias de juros cobradas sobre o cheque especial e o empréstimo pessoal subiram em abril em comparação com o mês de março, segundo o levantamento da Fundação Procon-SP divulgado ontem. Apesar de já representarem altas expressivas, especialistas revelam que ainda há espaço para estes juros aumentarem nos próximos meses, tendo em vista que nem toda carga das medidas restritivas ao crédito impostas pelo governo já esteja surtindo efeito na economia.

De acordo com o estudo, que analisou as taxas de sete instituições financeiras, a taxa média do cheque especial subiu de 9,31% para 9,35% de março para abril, sendo a maior elevação desde junho de 2003, quando os juros tinham alcançado a média de 9,43%. O Procon-SP divulgou ainda que a alíquota média dos empréstimos pessoais é a mais alta desde junho de 2009. Em abril, ela ficou em 5,49% e no ano retrasado, quando foi registrada o pico, a taxa era de 5,52%.

Estes aumentos seriam reflexo das medidas tomadas pelas autoridades monetárias nos últimos meses para conter a inflação, de acordo com especialistas. Entre elas, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% para 11,75% ao ano, e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na concessão de crédito para pessoas físicas, que aumentou de 1,5% para 3%.

Entretanto, as medidas ainda não estão sendo sentidas por completo pelos consumidores. "Todas estas medidas se refletem na taxa final para o consumidor, mas essa carga não se dá de imediato. A Selic, por exemplo, leva de três a seis meses para chegar ao ponto final do empréstimo, que é o consumidor. É provável que em alguns meses ainda tenha-se o reflexo desse aumento e as taxas de juros bancárias tendem a subir, explica a técnica de defesa do consumidor do Procon-SP, Helena Brazão Gerencer. Na semana que vem o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai se reunir para definir a nova taxa Selic. Economistas já esperam um aumento, já que as demais medidas ainda não surtiram efeito.

O cenário econômico em que o Brasil se encontra é o principal fator para que as pessoas continuem consumindo e por consequência fazendo com que o governo tome medidas para restringir ainda mais o crédito. "Estas medidas não são suficientes, porque os brasileiros têm segurança no emprego e prazos longos para os empréstimos. Alguns reais que fiquem mais caras as parcelas não impedem o consumo", analisa o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

Especialistas afirmam que enquanto as parcelas couberem no bolso dos consumidores, eles continuarão consumindo, já que, no geral, as pessoas não fazem uma análise de longo prazo de suas finanças. "Infelizmente não se observa esta queda da procura por crédito, porque o consumidor não observa juros e prazos. Se a parcela cabe no bolso, as pessoas não veem porque deixar de comprar. Por essa razão o governo deve aumentar os juros, mas em pequenas doses daqui para a frente", ressalta Helena.

Por enquanto, três dos setes bancos pesquisados elevaram os juros do cheque especial, de acordo o Procon-SP (veja tabela). No Banco do Brasil, a taxa passou de 8,15% para 8,27%, enquanto que no banco Itaú o correntista paga em abril 8,96%, ante 8,85% no mês passado. Já no Bradesco a foi taxa alterada de 8,79% para 8,83%. Nas demais instituições analisados, Caixa, HSBC, Safra e Santander, as taxas se mantiveram as mesmas.

Os empréstimos pessoais ficaram mais caros em quatro dos sete bancos pesquisados, como no Banco do Brasil, onde a taxa passou de 5,28% para 5,48%. Na Caixa a alíquota saltou de 4,78% para 4,95%. No Itaú o percentual foi alterado de 6,30% para 6,38%. No Bradesco a taxa passou de 6,08% para 6,04%. Nos demais bancos, as taxas permaneceram estáveis. O levantamento foi realizado em 5 de abril.

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