A Justiça negou o pedido das empresas de arrendamento de aviões e de motores para retomar a posse de aeronaves da Avianca Brasil. O juiz da 1º Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, Tiago Henriques Papaterra Limongi, vai reavaliar o caso no dia 18, quando se completa um mês da reunião de negociação entre as empresas de leasing, a companhia aérea e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As informações são do Valor e do portal Panrotas, especializado em turismo.
Desde dezembro, a Avianca Brasil enfrenta ações na Justiça por causa do não pagamento das parcelas de arrendamentos das aeronaves. As arrendadoras levaram o caso aos tribunais e a companhia aérea entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa também está em processo de reestruturação e, a partir de 31 de março, vai suspender os voos para Miami, Nova York e Santiago, passando a atuar apenas internamente.
A Avianca foi uma das empresas aéreas que mais cresceu em 2018. A oferta de assentos em voos domésticos aumentou 10,8% nos dez primeiros meses do ano, comparativamente a igual período de 2017, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A demanda aumentou um pouco menos 9,8%, o que implicou em uma redução na taxa de ocupação dos aviões: de 85%, no ano passado, para 84,1%, neste.
O incremento na oferta se refletiu no aumento de participação no mercado. Atualmente, ela é a quarta, operando em 23 destinos domésticos e três internacionais.
Mas as demonstrações contábeis apresentadas no segundo trimestre mostram um crescimento no patrimônio líquido a descoberto (o passivo é superior ao ativo) e uma concentração de dívidas no curto prazo. Segundo a Folhapress, a empresa tinha, em junho, R$ 1,168 bilhão em dívidas com vencimento no prazo de até um ano, segundo as demonstrações contábeis apresentadas à Anac.
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