
Após dez meses sob domínio da fabricante chinesa de motocicletas e motores CR Zongshen, a Kasinski anunciou nesta quinta-feira (17) crescimento de 101% nas vendas no Brasil entre janeiro e maio de 2010, com 5.807 unidades vendidas, contra 2.890 nos cinco primeiros meses do ano passado. Os números são resultados da reestruturação da empresa que inclui o lançamento de produtos inéditos no país e o reposicionamento de preços da marca."Nosso primeiro passo foi fazer uma faxina na casa, retirando do mercado as motocicletas que não seriam mais vendidas", afirma Claudio Rosa, presidente-executivo da CR Zongshen. "Depois, lançamos novos produtos com preços mais condizentes com os praticados por outras marcas que atuam no país". Atualmente a empresa conta com 12 modelos no mercado.
A expansão nas vendas, mesmo com a redução do portfólio de produtos, resultou em lucro líquido de R$ 1,4 milhão no primeiro trimestre, ante os R$ 2,3 milhões negativos registrados no mesmo período de 2009. "Conseguimos reduzir os preços dos produtos, pois reduzimos a despesa operacional da empresa com a nacionalização de produtos, que antes eram importados, e o aumento da escala de produção", diz Rosa.
No próximo mês a marca irá inaugurar uma nova fábrica em Manuas (AM) que elevará a capacidade atual de cerca de 30 mil motos por ano para 110 mil unidades. A nova unidade prevê ainda a produção da Prisma elétrica, Comet 150 e a Scooter Prisma que serão lançadas no mercado até setembro deste ano. "Hoje, a Kasinski está inserida apenas em 12% dos segmentos de motos no Brasil", afirma o presidente-executivo da CR Zongshen. "Com os novos produtos, principalmente a Comet de 150 cc, que representa uma fatia de mercado responsável por 71% das vendas no país e do qual nós deixamos de participar no ano passado, nossa meta é elevar a participação da Kasinski para até 26%."
Para este ano, a empresa anunciou também o início das obras de um Complexo Industrial também em Manaus, um investimento de R$ 45 milhões para a construção de 133 mil metros quadrados em terreno próprio. A unidade deve entrar em operação em 2012 e terá capacidade de produção de 180 mil motos por ano. "Queremos fazer do Brasil o ponto de abastecimento da Kasinski na América Latina".



