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Vista de Ortigueira, nos Campos Gerais | Marcos Favero
Vista de Ortigueira, nos Campos Gerais| Foto: Marcos Favero

R$ 1,7 bilhão é quanto a Klabin espera levantar com o processo de capitalização, segundo fato relevante de junho deste ano. O restante dos R$ 7,2 bilhões necessários ao Projeto Puma vão exigir outras fontes de financiamento, com o BNDES, o BID e agências multinacionais de exportação.

A fabricante de papel e celulose Klabin revisou os valores estimados para os investimentos no chamado Projeto Puma, da nova fábrica da companhia, em Ortigueira, nos Campos Gerais.

Segundo fato relevante publicado na semana passada, o desembolso na área industrial aumentou em R$ 500 milhões, chegando a R$ 5,8 bilhões.

No dia 21, a empresa informou que seu Conselho de Administração aprovou o prosseguimento do processo de capitalização para fazer frente aos investimentos na nova unidade.

Dentro de 15 dias da data da publicação do documento, a Klabin promete convocar assembleias com seus acionistas para a criação de um programa de novas ações e debêntures conversíveis e a listagem da companhia no nível 2 da Bovespa.

À agência de notícias Reuters, o diretor-geral da empresa, Fabio Schvartsman, disse ontem que a intenção é fazer toda a capitalização apenas com debêntures.

Correção

No mesmo mês em que divulgou uma queda de 41% no lucro líquido do terceiro trimestre, para R$ 197 milhões, a Klabin também disse ter revisto os valores previstos para a nova unidade de celulose.

"Após atualização de escopo, revisão das propostas dos fornecedores e variação da taxa de câmbio, o valor industrial do investimento foi revisto para o total de R$ 5,8 bilhões [ante os R$ 5,3 bilhões previstos anteriormente]. Serão despendidos também R$ 0,8 bilhão em impostos recuperáveis sobre os equipamentos e R$ 0,6 bilhão em infraestrutura, também recuperáveis por créditos de ICMS, conforme acordo assinado com o governo do Paraná", diz o documento.

Financiamento

Além da capitalização – pela qual a Klabin espera conseguir R$ 1,7 bilhão –, o Projeto Puma vai demandar a contratação de empréstimos no BNDES e no Banco Intermericano de Desenvolvimento (BID), além de agências multinacionais de exportação. "Recentemente, o Projeto Puma obteve enquadramento do financiamento em valor estimado de até R$ 4 bilhões pelo BNDES na modalidade Finem Direto e de US$ 300 milhões pelo BID, cujas aprovações finais estão atreladas também ao sucesso da capitalização", declara o documento. A nova unidade da Klabin deve produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano e deve gerar 1,4 mil empregos.

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