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Prati-Donaduzzi quer oferecer produtos de nutrição com “qualidade farmacêutica”. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Prati-Donaduzzi quer oferecer produtos de nutrição com “qualidade farmacêutica”.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Maior fabricante de medicamentos genéricos do país, o laboratório farmacêutico paranaense Prati-Donaduzzi quer agora ganhar espaço no mercado de “nutracêuticos”, que tem crescido a taxas de mais de 20% ao ano, segundo estimativas.

Os nutracêuticos são alimentos funcionais baseados em nutrientes que podem atuar na prevenção de doenças, como minerais, proteínas, vitaminas e outros. Reconhecida pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento, a empresa de Toledo (Oeste do estado) lançou em junho os primeiros produtos de sua nova linha, chamada de Vigora. São quatro polivitamínicos e três suplementos de cálcio, em cápsulas gelatinosas.

A fórmula mágica da Prati-Donaduzzi

A empresa de Toledo foi uma das companhias retratadas em 2013 pela série de reportagens Bem Feito no Paraná

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A distribuição começou pelo Paraná e em seguida os produtos chegaram a pontos de venda no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Em 60 dias, eles devem estar à venda em todo o país, diz o vice-presidente da companhia, Eder Maffissoni. Até o fim do ano, a Prati-Donaduzzi vai colocar no mercado mais 12 produtos, e a meta para 2016 é lançar dois itens por mês. Dos 4,7 mil funcionários da empresa, 40 estão dedicados à produção de nutracêuticos.

“A intenção é oferecer ao consumidor alimentos funcionais com qualidade farmacêutica, garantindo que tudo o que está descrito no rótulo realmente está contido no produto”, diz Maffissoni. Ele se refere ao fato de que, por serem considerados alimentos, os nutracêuticos são submetidos a uma legislação mais branda que a dos medicamentos.

Ampliação

A Prati-Donaduzzi concluiu há algumas semanas a instalação de sua nova fábrica de produtos farmacêuticos, que está em fase de qualificação e certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo Maffissoni, a produção comercial começa em agosto e será elevada gradativamente. Os trabalhadores para a nova linha serão contratados aos poucos, alcançando um total de 350 a 400 pessoas até janeiro.

A nova fábrica, que recebeu investimentos de R$ 150 milhões nos últimos dois anos, aumenta em cerca de 50% a capacidade de produção da Prati-Donaduzzi. Dona de aproximadamente 30% do mercado brasileiro de genéricos, a companhia, que hoje produz quase 12 bilhões de doses terapêuticas por ano, poderá chegar à marca de 18 bilhões de doses anuais quando a nova linha estiver funcionando a plena capacidade.

Faturamento ainda sobe, mas lucro diminuiu

A recessão não reduziu o ritmo de crescimento das receitas da Prati-Donaduzzi, mas já afetou a lucratividade da companhia.

Segundo o vice-presidente da empresa, Eder Maffissoni, o faturamento ainda cresce a taxas próximas de 25%. “O setor farmacêutico sente menos a crise porque a demanda por medicamentos permanece”, diz.

O que afetou o lucro, segundo ele, foi o forte aumento nos custos de produção. “O dólar subiu, elevando o preço de insumos que são importados. O custo da energia elétrica disparou, o dos combustíveis também aumentou. A mão de obra ficou mais cara, e nossos gastos nessa área tendem a subir, com o fim da desoneração da folha de pagamento”, explica. “Uma parte desses aumentos foi repassada para os preços, mas também tivemos de achatar um pouco as margens.”

Em 2013, a companhia teve receita líquida de R$ 566 milhões e lucro de R$ 34 milhões, segundo o anuário Maiores do Sul, da Revista Amanhã. Em 2014, segundo o anuário Melhores & Maiores, da revista Exame, as vendas líquidas chegaram a R$ 613,7 milhões.

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